Exército libanês patrulha o bairro de Bab al-Tebbaneh, em Trípoli, norte do Líbano, durante confrontos entre muçulmanos sunitas e alauítas (REUTERS / Stringer)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 06h00.
Beirute - Pelo menos 13 pessoas morreram e 90 ficaram feridas desde o início, na terça-feira, dos enfrentamentos entre partidários e detratores do regime sírio na cidade libanesa de Trípoli, segundo os últimos dados oficiais divulgados hoje.
Após uma relativa calma durante o dia, os combates retomaram com intensidade ontem à noite entre os moradores dos bairros Bab el Tebbaneh, de maioria sunita, e de Jabal Mohsen, de predomínio alauíta, seita a qual pertence a família do presidente sírio, Bashar al Assad.
A "Agência Nacional de Notícias (ANN)" informou que os choques entre partidários e detratores do regime sírio se estenderam para outras áreas da cidade, palco de distúrbios ligados ao conflito sírio há meses.
As tentativas do exército e da polícia para devolver a calma a Trípoli não surtiram efeito até agora. Ontem, líderes políticos de Trípoli, reunidos na casa do deputado Mohamad Kabara, declararam que não esperam uma solução rápida para a questão.
Kabara pediu um dia antes aos habitantes de Bab el Tebbaneh para entregarem suas armas e seguirem o comando das forças de ordem.
A violência voltou a explodir na região após o desaparecimento, há uma semana, de 20 libaneses na cidade síria de Tel Kalaj, próxima à fronteira, para onde tinham ido combater as forças do regime de Assad.