Nova Deli - O número de mortos no desabamento de um edifício na cidade de Chennai, no sul da Índia, no último sábado, aumentou para 53, enquanto continuam os trabalhos de remoção dos escombros, informou nesta quinta-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

"Até o momento, recuperamos 53 corpos e resgatamos 27 pessoas com vida", disse M.K Verma, comandante local da Defesa Civil Nacional (NDRF, sigla em inglês), o órgão que conduz as operações de resgate.

O governo do estado de Tamil Nadu, do qual Chennai é a capital, calcula que 70 pessoas ficaram soterradas e que, no momento do acidente, 80 pessoas estavam no interior do imóvel, mas as equipes de resgate esperam encontrar mais corpos.

"Localizamos mais dois corpos que ainda não recuperamos. Tememos encontrar mais agora que começamos a utilizar maquinaria pesada", afirmou Verma, que acrescentou que as operações de retirada dos escombros serão finalizadas amanhã, sexta-feira.

Além disso, disse que não espera que se repita um milagre como o da segunda-feira passada quando uma pessoa foi resgatada com vida depois de quase 72 horas do desabamento do edifício.

O colapso do imóvel de 11 andares, que estava em construção, ocorreu no início da tarde do último sábado no bairro de Mugalivakkam, nos arredores de Chennai.

A maioria das vítimas são operários da construção, que na Índia costumam viver no edifício durante o período da obra.

A polícia prendeu, por enquanto, seis pessoas sob a acusação de homicídio culposo, entre elas o proprietário do edifício, seu filho e dois engenheiros.

Esses acidentes são comuns na Índia e suas causas são frequentemente atribuídas ao estado precário das infraestruturas, à falta de manutenção e à corrupção.

No mesmo dia do desabamento em Chennai, pelo menos 11 pessoas morreram - entre elas três crianças - em um incidente similar envolvendo um edifício residencial ilegal em Nova Délhi.

Além disso, em abril de 2013, 74 pessoas morreram na queda de um imóvel ilegal em Mumbai, no sudoeste do país, e outro desabamento de um prédio em construção, no estado de Goa, também causou a morte de 24 pessoas em janeiro deste ano.