Resgate no desabamento do edifício Rana Plaza: mais de 3 mil pessoas trabalhavam no prédio, às vezes por menos de 30 euros mensais (Reuters/Sohel Ahmed)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2013 às 10h32.
O número de mortos pelo trágico desabamento de um edifício do setor têxtil em Bangladesh no mês passado chegou neste domingo a 1.125 após o resgate de outros 15 cadáveres dos escombros, anunciou uma fonte oficial.
As operações de limpeza prosseguirão nos próximos dias e o balanço, ainda provisório, possivelmente aumentará, indicou à AFP o vice-prefeito de Dacca, Zillur Chowdhury.
O Rana Plaza, um edifício de oito andares no qual mais de 3.000 pessoas trabalhavam, às vezes por menos de 30 euros mensais, na confecção de roupas para marcas conhecidas, como a britânica Primark e a espanhola Mango, desabou no dia 24 de abril em Savar, na periferia de Dacca.
Cerca de 2.500 pessoas sobreviveram à catástrofe.
A última sobrevivente, uma jovem costureira de 18 anos, Reshma Islam, foi resgatada na sexta-feira em meio aos escombros 17 dias após o acidente.
Uma investigação preliminar concluiu que a causa do desabamento do edifício, que já não estava em boas condições, seriam vibrações provocadas, entre outros, por grandes geradores colocados em funcionamento durante uma queda de energia.
Bangladesh é o segundo produtor têxtil do mundo graças aos baixos salários e à abundante mão-de-obra. Este setor-chave da economia, que gera 29 bilhões de dólares por ano, representou em 2012 80% das exportações do país.
Mas há anos as ONGs denunciam as terríveis condições de trabalho e as normas de segurança nesta indústria.