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Número de mortos em ataques no Sri Lanka chega a 321

Mais de 500 pessoas ficaram feridas; oficiais do governo revelaram ter recebido avisos sobre a possibilidade de um ataque de um grupo muçulmano radical

Sri Lanka: governo declarou estado de emergência no país (Tharaka Basnayaka/Getty Images)

Sri Lanka: governo declarou estado de emergência no país (Tharaka Basnayaka/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de abril de 2019 às 06h08.

Última atualização em 23 de abril de 2019 às 08h28.

Colombo - O número de mortos por causa dos ataques a bomba no Sri Lanka no Domingo de Páscoa subiu para 321, segundo informações da polícia local. Mais de 500 pessoas ficaram feridas.

Já a quantidade de presos por suspeita de participação nos atentados aumentou para 40 depois de o governo ter decretado estado de emergência em todo o país.

De acordo com a polícia, entre os presos estaria um suspeito de ter dirigido uma van supostamente usada por homens-bomba envolvidos nos atentados a três igrejas, quatro hotéis e um condomínio de casas.

O boletim precedente informava 290 mortos. Ao menos 31 estrangeiros, entre eles indianos, portugueses, turcos, britânicos, australianos, japoneses, americanos, dinamarqueses e um francês, estão entre as vítimas.

A população do Sri Lanka observou na manhã desta terça-feira (23), três minutos de silêncio em homenagem aos mortos na série de atentados suicidas.

Na igreja de Santo Antônio de Colombo, palco do primeiro atentado na manhã de domingo, dezenas de pessoas rezaram em silêncio, com velas nas mãos e sob lágrimas. Ao final dos três minutos de silêncio, a multidão passou a rezar em voz alta.

Nesta terça-feira, as autoridades do Sri Lanka planejam trocar informações com diplomatas estrangeiros e receber assistência do FBI e outras agências estrangeiras de inteligência. Ontem, oficiais do governo revelaram ter recebido, semanas atrás, avisos sobre a possibilidade de um ataque de um grupo muçulmano radical.

Unicef confirma que 45 crianças morreram

Entre as 321 vítimas, 45 eram crianças e assistiam a missas em diferentes igrejas ou estavam nos hotéis que foram atacados, confirmou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Um número similar de crianças sofreu ferimentos graves, informou em Genebra o porta-voz da organização, Christophe Boulierac.

Das crianças falecidas, 27 estavam na igreja Katuwapitya em Negombo, situada poucos quilômetros ao norte da capital Colombo, onde outras dez crianças ficaram feridas.

Em outra igreja na cidade de Batticaloa morreram 13 crianças, das quais a menor tinha pouco mais de um ano, explicou Boulierac ao revelar a dimensão da barbárie nesses atentados.

Quinze crianças que estavam nesse mesmo recinto religioso estão agora recebendo tratamento em diversos hospitais, enquanto outras 20 foram admitidos no hospital central de Colombo, com quatro delas internados na unidade de terapia intensiva.

O Unicef foi informado também que outras cinco crianças estrangeiras morreram.

Além disso, o fundo da ONU afirmou que ainda é preciso determinar a quantidade de crianças que perderam um ou os dois pais.

O Unicef está apoiando e financiando as instituições responsáveis pela busca de parentes próximos ou, caso estes não apareçam, de estruturas de acolhimento que possam recebê-los.

"Condenamos esta violência nos termos mais duros possíveis. Nenhuma criança deve experimentar uma situação tão dolorosa, nem deve haver pais que perdem seus filhos em circunstâncias tão horríveis", declarou Boulierac.

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