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Número de ataques extremistas na Europa dobrou em 2017

No ano passado, a Europol registou 33 ataques terroristas, dois quias dez provocaram a morte de 62 pessoas

Em 2016 o número foram registrados 16 ataques terroristas (Christian Hartmann/Reuters)

Em 2016 o número foram registrados 16 ataques terroristas (Christian Hartmann/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de junho de 2018 às 14h53.

O número de ataques extremistas na Europa duplicou em 2017 - declarou nesta quarta-feira (20) a agência de polícia Europol, advertindo sobre "a gravidade do perigo" de atos menos sofisticados reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI).

No ano passado, a Europol registrou 33 ataques "terroristas". Destes, dez provocaram a morte de 62 pessoas, indicou a agência europeia em seu relatório anual.

Em comparação, em 2016, foram registrados 13 ataques e, nestes, dez resultaram na morte de 135 pessoas.

"O número de ataques terroristas jihadistas aumentou em 2017, mas, em paralelo, seu nível de preparação e execução se revelou menos sofisticado", declarou a Europol em seu informe intitulado "Situação e tendências do terrorismo".

A agência de Polícia europeia se refere aos atos "terroristas" cometidos pelos indivíduos, atropelando multidões com a ajuda de um veículo, ou esfaqueando pedestres, como aconteceu especialmente em Londres, em 2017. Lá, os ataques desse tipo deixaram 13 mortos e 98 feridos.

Os autores dos ataques extremistas cometidos na UE no ano passado estavam, em sua maioria, instalados no continente, "o que significa que se radicalizaram em seus países de residência sem terem viajado para se integrar a um grupo terrorista no exterior", continua o informe.

Desde que o EI perdeu terreno na Síria e no Iraque, "estimula seus partidários a lançarem ataques de maneira solitária em seus países de origem, em vez de fazê-los se deslocar para um autodenominado califado", declarou a Europol.

"A ameaça de ataques extremistas na UE continua sendo aguda, como demonstram os atentados que aconteceram em 2017", advertiu a agência.

"O EI, a Al-Qaeda e outros grupos jihadistas continuam sendo uma ameaça maior e têm a intenção e a capacidade para realizar ataques terroristas no Ocidente", continua a Europol.

"Portanto, apoiar os Estados-membros na luta contra o terrorismo continua sendo uma prioridade absoluta", declarou à imprensa a nova diretora da Europol, Catherine De Bolle.

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