Mundo

Núcleo de reator japonês tem possíveis danos, diz AIEA

AIEA afirmou que as notícias são preocupantes, e que existe "a possibilidade de danos ao núcleo" depois da explosão no reator 2

Reator 3 da usina nuclear de Fukushima, nordeste do Japão (©AFP  Jean-Paul Barbier)

Reator 3 da usina nuclear de Fukushima, nordeste do Japão (©AFP Jean-Paul Barbier)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 19h25.

Viena - O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), Yukiya Amano, disse na terça-feira que um dano limitado pode ter ocorrido no núcleo do reator 2 da usina nuclear de Fukushima, atingida por um terremoto no Japão.

Em entrevista coletiva, ele afirmou que as notícias são preocupantes, e que existe "a possibilidade de danos ao núcleo" depois da explosão no reator 2.

Amano, que é japonês, estimou que o problema pode ter afetado 5 por cento do combustível nuclear.

Segundo ele, é possível que tenha havido também danos na parte inferior do vaso de contenção primária, mas que isso não foi confirmado.

"É uma rachadura? É um buraco? Não é nada? Isso não sabemos ainda", afirmou Amano. Mas ele alertou que a pressão dentro do reservatório de contenção primária não diminuiu. "Se houvesse um dano enorme, a pressão cairia", disse.

Houve também um incêndio em um tanque de combustível usado em outra unidade, com vazamento de radiação, mas o fogo já foi apagado, relatou Amano.

Ele disse que a situação é preocupante, mas aparentemente é bem diferente do desastre de Chernobyl em 1986. Ainda assim, afirmou que esperava receber informações mais atualizadas e detalhadas.

A AIEA planeja enviar uma pequena equipe de peritos ao Japão, possivelmente para ajudar no monitoramento ambiental, disse Amano.

"Achei que o envio de uma missão ao Japão seria útil (...). Estamos agora discutindo a modalidade, o momento e a área de atuação", afirmou.

Segundo Amano, é difícil prever se a situação em Fukushima vai piorar ou melhorar. "Há indicações mistas".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesastres naturaisJapãomobilidade-urbanaPaíses ricosTrânsitoTsunamiUsinas nucleares

Mais de Mundo

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês