EUA: Os registros dos metadados coletados pela NSA incluem os números e o tempo da ligação, mas não o seu conteúdo (Alex Wong/Getty Images)
Reuters
Publicado em 4 de maio de 2018 às 19h24.
A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) coletou mais de 500 milhões de registros de ligações telefônicas de norte-americanos no ano passado, mais do que o triplo registrado em 2016, informou relatório da agência de inteligência dos EUA divulgado nesta sexta-feira.
O aumento acentuado de 151 milhões para 534 milhões de ligações registradas ocorreu durante o segundo ano completo de um novo sistema de vigilância, estabelecido pela agência de espionagem depois que os parlamentares norte-americanos aprovaram uma lei em 2015 que buscava limitar sua capacidade para coletar tais registros em massa. O motivo para o pico não ficou imediatamente claro.
O número de registros ficou bem abaixo das estimativas de bilhões de registros coletados por dia sob o antigo sistema de vigilância da NSA, que foi exposto por um ex-contratado de inteligência norte-americano, Edward Snowden, em 2013.
Os registros dos metadados coletados pela NSA incluem os números e o tempo da ligação, mas não o seu conteúdo.
Em comunicado, Timothy Barret, porta-voz do gabinete do diretor de inteligência nacional, que divulgou o relatório anual, disse que o governo "não alterou a maneira com que usa a sua autoridade para obter detalhes de registros de ligações".
A NSA descobriu que um número de fatores pode influenciar o volume de registros coletados, segundo Barret.
"Esses fatores incluem o número de termos selecionados aprovados pela corte - como o número do telefone - que são usados pelo alvo; a maneira como o alvo usa esse termos selecionados; a quantidade de dados históricos que os provedores detêm; e a dinâmica do setor de telecomunicações, que está sempre mudando", disse Barret. "Nós esperamos que esse número flutue de ano em ano."