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Novos ministros palestinos prestam juramento a Abbas

O novo Executivo de Fayyad, que dirige o governo da ANP na Cisjordânia desde 2007, consta de 23 ministérios

Embora alguns comentaristas considerem que o reajuste desta quarta-feira possa contribuir para retomar o caminho da unidade, o Hamas o criticou (Luis Acosta/AFP)

Embora alguns comentaristas considerem que o reajuste desta quarta-feira possa contribuir para retomar o caminho da unidade, o Hamas o criticou (Luis Acosta/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2012 às 17h45.

Ramala - Os membros do novo governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que será liderado pelo primeiro-ministro Salam Fayyad, prestaram juramento nesta quarta-feira ao presidente Mahmoud Abbas após um reforma ministerial de 11 pastas, incluindo a de Finanças, uma das mais sensíveis.

O novo Executivo de Fayyad, que dirige o governo da ANP na Cisjordânia desde 2007, consta de 23 ministérios. Entre as novas nomeações, destaca-se a de Nabeel Kassis como ministro das Finanças, informaram fontes da Presidência.

Ex-reitor da universidade palestina de Birzeit, Kassis recebe a pasta das mãos do primeiro-ministro, um economista muito apreciado pelo Ocidente que agora só ficará à frente da chefia de governo.

A substituição ocorre em um momento para a economia palestina, com um crescente déficit público devido à redução das doações internacionais e a um arrefecimento no crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo as últimas perspectivas macroeconômicas de entidades internacionais.

Os 23 ministros, informaram as fontes, juraram seus cargos um após o outro em cerimônia na Muqata de Ramala, onde também estiveram presentes os membros do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Pouco antes de começar, o chefe da Presidência, Tayeb Abdul Rahim, leu o decreto que encarregava a Fayyad a formação do novo Executivo, reajuste necessário devido à saída de cinco de seus ministros por suspeitas de corrupção.

O gabinete de saída exercia na prática funções de governo interino desde que todos os ministros apresentaram em conjunto sua renúncia por causa do último acordo de reconciliação obtido em fevereiro passado entre o movimento nacionalista Fatah, presidido por Abbas, e o islamita Hamas.


As duas legendas palestinas anunciaram então a realização de eleições em questão de meses, o que não ocorreu.

Entre os novos nomes, estão Walid Assaf (Agricultura), Ali Muhanna (Justiça), Safa Nasser Eldin (Telecomunicações), Roli Maaya (Turismo), Jawad Harzallah (Economia) e Hani Abdeen (Saúde).

O departamento de Educação Universitária foi dividido para transferir uma pasta separada as responsabilidades de Educação, segundo a reorganização elaborada pelo primeiro-ministro.

Outra mudança destacada é a criação, após vários anos, de um Ministério para Assuntos de Jerusalém, que fica nas mãos de Adnan Hosseini, até agora na mesma função, mas sem categoria de ministro.

O reajuste desta quarta-feira é o segundo do governo palestino desde que Fayyad assumiu a chefia em 2007, depois que o movimento islamita - vencedor do pleito um ano antes - pegou em armas contra a ANP e assumiu o controle exclusivo da Faixa de Gaza.

O histórico pacto de reconciliação, que começaram a negociar no início de 2011, ficou em uma situação de limbo. Embora alguns comentaristas considerem que o reajuste desta quarta-feira possa contribuir para retomar o caminho da unidade, o Hamas o criticou.

"Esta política de remendos não trará nenhum benefício ao povo palestino e não ajudará em nada porque o (novo) governo não está respaldado pelo voto do Conselho Legislativo Palestino", disse o porta-voz do movimento islamita, Fawzi Barhum, à agência de notícias independente "Ma"an".

Este dirigente considerou que o reajuste "reflete uma insistência e uma má conduta" para tentar "preservar a ilegitimidade e o desacordo", e previu que "o que começa mal, termina mal". 

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