Manifestação em Estocolmo contra a violência policial e o vandalismo: os distúrbios explodiram depois que a polícia matou na semana passada um homem de 69 anos (Jonathan Nackstrand/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2013 às 12h17.
Estocolmo - A Suécia viveu a quarta noite de incidentes em áreas pobres de Estocolmo, onde incêndios foram registrados e os bombeiros, recebidos a pedradas.
Quase 300 pessoas saíram às ruas durante os incidentes, segundo o chefe de polícia da cidade, Jörgen Karlsson.
Posteriormente, jovens incendiaram carros e atiraram pedras contra os policiais.
Os distúrbios explodiram depois que a polícia matou na semana passada um homem de 69 anos que, segundo as autoridades, teria ameaçado os agentes com um facão.
Husby, um bairro pobre com grandes prédios de residências populares em estado de degradação e índice alto de desemprego, fica relativamente próximo de uma área que concentra o setor de alta tecnologia em plena expansão.
O primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt considerou "importante recordar que queimar o carro do vizinho não constitui um exemplo de liberdade de expressão, e sim constitui vandalismo".
Em entrevista à agência de notícias sueca TT, o chefe de Governo pediu calma, no momento em que os protestos violentos começam a afetar outros bairros pobres de Estocolmo e seus subúrbios.
Durante a madrugada, uma delegacia foi alvo de pedradas em Kista, assim como outros dois postos de polícia.
"Todo ferido representa uma tragédia e qualquer automóvel incendiado é um fracasso da sociedade, mas Estocolmo não está queimando", afirmou um comandante da polícia da capital sueca, Ulf Johansson.