A base de Karup compartilha suas pistas com o Aeroporto de Midtjylland, que teve que fechar brevemente, embora nenhum voo tenha sido afetado, pois não havia voos comerciais programados, acrescentou Skelsjaer.
"Provocação encenada"
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, declarou em uma mensagem de vídeo na quinta-feira que o país foi "vítima de ataques híbridos", referindo-se a uma forma de guerra não convencional, apontando diretamente para a Rússia.
"Há um país que representa uma ameaça à segurança da Europa, e esse país é a Rússia", declarou.
Moscou rejeitou "firmemente" qualquer envolvimento nos incidentes na Dinamarca. Sua embaixada em Copenhague chamou os eventos de "provocação encenada" em uma mensagem publicada nas redes sociais.
O ministro da Justiça dinamarquês, Peter Hummelgaard, declarou no início desta semana que o objetivo desses ataques era "semear o medo, criar divisões e nos assustar".
Muro antidrones
Os voos de drones começaram dias depois de a Dinamarca anunciar que adquiriria armas de precisão de longo alcance pela primeira vez, argumentando que a Rússia representaria uma ameaça "nos próximos anos".
Hummelgaard acrescentou que Copenhague também ganharia novas capacidades para detectar e neutralizar drones.
Ministros da Defesa de uma dúzia de países da UE concordaram na sexta-feira que a criação de um "muro antidrones" é uma prioridade.
"Precisamos agir rapidamente", disse o comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, em entrevista à AFP. "E precisamos aprender todas as lições da Ucrânia e construir esse muro antidrones junto com a Ucrânia."
Copenhague sediará uma cúpula europeia que reunirá chefes de Governo na quarta e quinta-feira.
Na última sexta-feira, a capital dinamarquesa anunciou que aceitou a oferta da Suécia de fornecer sua tecnologia antidrones para garantir o bom andamento da reunião.
OTAN reforça presença no Mar Báltico
Também neste sábado, 27, em resposta ao movimento dos drones na Dinamarca, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou a ampliação de sua missão no Mar Báltico e "reforçar ainda mais a vigilância com novos recursos na região".
Um porta-voz da Otan disse que não vai dar detalhes sobre quais países estão contribuindo com os recursos adicionais.
Segundo a OTAN, o reforço inclui plataformas de inteligência, vigilância e reconhecimento, além de pelo menos uma fragata de defesa aérea. A ação reforça a missão “Baltic Sentry”, iniciada em janeiro para proteger a infraestrutura crítica do local, como cabos de energia, telecomunicações e gasodutos submarinos.
Também foi lançada a missão “Eastern Sentry” para reforçar a defesa do flanco leste da Europa diante de incursões russas.