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Dinamarca: novos drones são avistados sobre a maior base militar do país

Os misteriosos avistamentos de drones levaram ao fechamento de vários aeroportos no país nórdico desde segunda-feira, quando as primeiras aeronaves foram detectadas

Aeroporto na Dinamarca: drones fizeram aeroportos serem fechados desde a última segunda-feira (DENMARK OUT/AFP)

Aeroporto na Dinamarca: drones fizeram aeroportos serem fechados desde a última segunda-feira (DENMARK OUT/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 27 de setembro de 2025 às 11h04.

Última atualização em 27 de setembro de 2025 às 17h27.

Drones de origem desconhecida foram avistados na sexta-feira, 26, à noite sobre a maior base militar da Dinamarca, informou a polícia neste sábado, 27, o mais recente de uma série de incidentes semelhantes que o governo descreveu esta semana como um "ataque híbrido".

Os misteriosos avistamentos de drones levaram ao fechamento de vários aeroportos no país nórdico desde segunda-feira, quando as primeiras aeronaves foram detectadas."Posso confirmar que tivemos um incidente por volta das 20h15 (15h15 no horário de Brasília) que durou várias horas. Um ou dois drones foram vistos do lado de fora da base aérea e acima dela", disse o policial Simon Skelsjaer, referindo-se à base militar de Karup.O oficial disse que os drones não foram derrubados e que a polícia não pode comentar sobre a origem dos dispositivos.A polícia e o exército trabalham juntos na investigação, disse Skelsjaer.

A base de Karup compartilha suas pistas com o Aeroporto de Midtjylland, que teve que fechar brevemente, embora nenhum voo tenha sido afetado, pois não havia voos comerciais programados, acrescentou Skelsjaer.

"Provocação encenada"

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, declarou em uma mensagem de vídeo na quinta-feira que o país foi "vítima de ataques híbridos", referindo-se a uma forma de guerra não convencional, apontando diretamente para a Rússia.

"Há um país que representa uma ameaça à segurança da Europa, e esse país é a Rússia", declarou.

Moscou rejeitou "firmemente" qualquer envolvimento nos incidentes na Dinamarca. Sua embaixada em Copenhague chamou os eventos de "provocação encenada" em uma mensagem publicada nas redes sociais.

O ministro da Justiça dinamarquês, Peter Hummelgaard, declarou no início desta semana que o objetivo desses ataques era "semear o medo, criar divisões e nos assustar".

Muro antidrones

Os voos de drones começaram dias depois de a Dinamarca anunciar que adquiriria armas de precisão de longo alcance pela primeira vez, argumentando que a Rússia representaria uma ameaça "nos próximos anos".

Hummelgaard acrescentou que Copenhague também ganharia novas capacidades para detectar e neutralizar drones.

Ministros da Defesa de uma dúzia de países da UE concordaram na sexta-feira que a criação de um "muro antidrones" é uma prioridade.

"Precisamos agir rapidamente", disse o comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, em entrevista à AFP. "E precisamos aprender todas as lições da Ucrânia e construir esse muro antidrones junto com a Ucrânia."

Copenhague sediará uma cúpula europeia que reunirá chefes de Governo na quarta e quinta-feira.

Na última sexta-feira, a capital dinamarquesa anunciou que aceitou a oferta da Suécia de fornecer sua tecnologia antidrones para garantir o bom andamento da reunião.

OTAN reforça presença no Mar Báltico

Também neste sábado, 27, em resposta ao movimento dos drones na Dinamarca, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou a ampliação de sua missão no Mar Báltico e "reforçar ainda mais a vigilância com novos recursos na região".

Um porta-voz da Otan disse que não vai dar detalhes sobre quais países estão contribuindo com os recursos adicionais.

Segundo a OTAN, o reforço inclui plataformas de inteligência, vigilância e reconhecimento, além de pelo menos uma fragata de defesa aérea. A ação reforça a missão “Baltic Sentry”, iniciada em janeiro para proteger a infraestrutura crítica do local, como cabos de energia, telecomunicações e gasodutos submarinos.

Também foi lançada a missão “Eastern Sentry” para reforçar a defesa do flanco leste da Europa diante de incursões russas.

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