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Novos bombardeios na maior usina da Europa podem levar a catástrofe nuclear na Ucrânia

Ao menos uma pessoa morreu neste domingo, em meio a bombardeios que tomam a região da instalação nuclear de Zaporizhzhia

Complexo nuclear de Zaporizhzhia: tomada pelos russos no início da guerra, instalação ainda tem reatores ativos (Wikimedia Commons/Reprodução)

Complexo nuclear de Zaporizhzhia: tomada pelos russos no início da guerra, instalação ainda tem reatores ativos (Wikimedia Commons/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2022 às 13h38.

Última atualização em 14 de agosto de 2022 às 13h39.

Forças russas dispararam mísseis na região de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, matando pelo menos uma pessoa neste domingo.

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Com os combates novamente intensos na região, aumentam as preocupações com a instalação nuclear de Zaporizhzhia, o maior complexo nuclear da Europa. Tropas russas capturaram a usina no início da guerra, mas ela ainda é administrada por técnicos ucranianos.

VEJA TAMBÉM: Medo assombra ucranianos que vivem perto da maior usina nuclear da Europa

Desde o começo do conflito, a usina foi bombardeada mais de uma vez.

Na última quinta-feira, a usina foi novamente alvo de ataque, e tanto a Ucrânia quanto a Rússia se culpam mutuamente pelo ocorrido. Segundo autoridades, os efeitos danificaram equipamentos de monitoramento e podem levar a uma catástrofe nuclear.

O enviado da Rússia a organizações internacionais com sede em Viena, Mikhail Ulyanov, pediu à Ucrânia neste domingo que pare de atacar a usina para permitir uma missão de inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica.

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"É importante que os ucranianos parem de bombardear a estação e forneçam garantias de segurança aos membros da missão. Uma equipe internacional não pode ser enviada para trabalhar sob bombardeios contínuos de artilharia", disse ele à agência de notícias estatal russa Tass.

Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, alertou os soldados russos que se alvejarem a usina nuclear ou a usarem como base para ataques, eles se tornarão um "alvo especial" para as forças ucranianas.

(Com agências internacionais)

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