Soldados e policiais posicionados diante do templo Jokhang no Tibete: os casos elevam a 95 o número de pessoas que atearam fogo ao corpo desde 2009 (International Campaign For Tibet/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 08h07.
Pequim - Dois jovens tibetanos cometeram atos de imolação para protestar contra o domínio chinês, informou um grupo de defesa dos direitos humanos, ao mesmo tempo que o jornal oficial Diário do Povo acusa o Dalai Lama de transformar o budismo tibetano em "culto do mal".
Os dois incidentes aconteceram no sábado em duas áreas de população tibetana e elevam a 95 o número de pessoas que atearam fogo ao corpo desde 2009, ações que resultaram na morte da maioria dos manifestantes, segundo a ONG International Campaign for Tibet.
Kunchok Pelgye, um monge de 24 anos, se imolou em Aba, na província de Sichuan, cenário de vários atos do tipo. Pema Dorjee, 23 anos, faleceu do mesmo modo na província vizinha de Gansu.
De acordo com testemunhas, os dois morreram pedindo o retorno do Dalai Lama do exílio. O líder do budismo tibetano fugiu da região depois do fracasso da revolta de Lhassa em 1959 contra o domínio chinês.