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Novos ataques aéreos de Israel matam 42 pessoas na Palestina

Foi o dia mais violento desde que o conflito entre o governo de Israel e o Hamas recomeçou há uma semana

Sistema antimíssil de Israel intercepta foguetes lançados da Faixa de Gaza vistos de Ashkelon, Israel (Amir Cohen/Reuters)

Sistema antimíssil de Israel intercepta foguetes lançados da Faixa de Gaza vistos de Ashkelon, Israel (Amir Cohen/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2021 às 14h42.

Os confrontos entre Israel e o grupo islâmico Hamas completam uma semana e, nesta madrugada de domingo, dia 16, ataques aéreos do governo de Israel causaram a morte de 42 pessoas na Palestina, incluindo 10 crianças, segundo a agência Reuters.

O Exército de Israel disse que as mortes de civis não faziam parte do objetivos dos ataques, que tinham como alvo um túnel supostamente utilizado por intregrantes do Hamas.

Foi o dia mais violento desde que o conflito entre o governo de Israel e o Hamas recomeçou.

A violência entre israelenses e palestinos começou no início do mês, em Jerusalém, quando moradores árabes do bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, protestaram contra tentativas de serem retirados de suas casas e também após a polícia de Israel impedir a entrada na Mesquita de Al-Aqsa nos últimos dias do Ramadan, local e mês sagrados para os muçulmanos.

No sábado, 15, os bombardeios israelenses na região mataram outras dez pessoas de uma mesma família palestina, entre elas oito crianças e duas mulheres. Um bebê de cinco meses sobreviveu.

No mesmo dia, os ataques aéreos de Israel também destruíram o edifício al-Jalaa, de 12 andares, onde ficavam apartamentos residenciais e escritórios de meios de comunicação, como da agência de notícias Associated Press (AP) e da rede de TV Al-Jazeera.

Também houve protestos palestinos na sexta-feira, 14, na Cisjordânia, em que as forças israelenses atiraram e mataram 11 pessoas, segundo os palestinos.

Nos últimos dias, Israel intensificou ataques para causar o maior dano possível no Hamas enquanto mediadores internacionais tentam negociar um cessar-fogo. Um diplomata norte-americano, Hady Amr, está na região para apaziguar as tensões desde sexta-feira.

Neste domingo, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) irá se reunir para discutir a situação. Israel já rejeitou uma proposta egípcia de uma trégua de um ano -- o Hamas havia concordado.

Na segunda-feira, 10, o Hamas lançou mísseis contra o território israelense. Desde então, mais de 180 palestinos foram mortos em Gaza, incluindo 52 crianças e 31 mulheres, além de 1.225 feridos.

Do lado israelense, oito pessoas morreram, entre elas, um menino de 5 anos e um soldado.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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