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Novo vírus provoca 25 mortos na China, e 600 estão infectados

Além de Wuhan, a cidade de Huanggang também foi isolada para tentar conter a epidemia do novo vírus

China: autoridades chinesas adotam novas medidas para tentar conter a epidemia do novo vírus (Qilai Shen/Bloomberg)

China: autoridades chinesas adotam novas medidas para tentar conter a epidemia do novo vírus (Qilai Shen/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 08h39.

Última atualização em 27 de janeiro de 2020 às 12h52.

O número de mortes decorrentes de infecção pelo novo coronavírus detectado na China aumentou para 25, segundo informaram hoje (23) autoridades chinesas. O total de pessoas afetadas já é superior a 610. Duas cidades que estão no epicentro de um surto de um novo coronavírus foram isoladas.

As autoridades de saúde temem que a taxa de transmissão se acelere, à medida que centenas de milhões de chineses viajam pelo país e ao o exterior durante o feriado de uma semana do Ano Novo Lunar, que começa no sábado.

Acredita-se que a cepa de vírus anteriormente desconhecida tenha surgido no final do ano passado a partir de animais silvestres comercializados ilegalmente em um mercado de animais na cidade de Wuhan, no centro da China.

A maior parte dos transportes em Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes, foi suspensa na manhã de quinta-feira e as pessoas foram instruídas a não sair. Horas depois, a mídia estatal na vizinha Huanggang, uma cidade de cerca de 6 milhões de pessoas, disse que estava impondo um bloqueio semelhante.

As autoridades chinesas não deram novos detalhes sobre o número de infecções pelo vírus, mas foram relatados casos em Pequim, Xangai e Hong Kong e em outros países, incluindo os Estados Unidos, alimentando o temor de que já esteja se espalhando pelo mundo.

O governo da cidade de Wuhan informou que fecharia todas as redes de transporte urbano e suspenderia os voos a partir das 10h. No entanto, a mídia local disse que algumas companhias aéreas estavam operando após o prazo.

A mídia estatal divulgou imagens de um dos centros de transporte de Wuhan, a estação ferroviária de Hankou, quase deserta, com portões bloqueados ou trancados. O governo está pedindo aos cidadãos que não deixem a cidade.

A mídia estatal informou que as cabines de pedágio em Wuhan estavam fechando, o que efetivamente bloquearia as saídas das estradas. Guardas patrulhavam as principais rodovias, disse um morador à Reuters.

Enquanto a cidade entrava em isolamento, os moradores se aglomeravam nos hospitais para verificações e se apressavam em buscar suprimentos, limpando as prateleiras dos supermercados e fazendo fila para abastecer.

As autoridades de Huanggang ordenaram o fechamento de locais de entretenimento em recinto fechado, incluindo cinemas e cibercafés, e pediram aos cidadãos que não saíssem, a não ser em circunstâncias especiais, informou a mídia estatal.

Novos casos na Ásia

Vários países da Ásia reforçaram nesta terça-feira os controles sanitários diante da propagação de um misterioso vírus que já deixou seis mortos na cidade chinesa de Wuhan, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) prepara uma reunião de emergência.

De Bangcoc a Hong Kong, passando por Singapura e Sydney, as autoridades estabeleceram controles sistemáticos nas chegadas de voos procedentes das zonas de risco, depois que Pequim confirmou a transmissão deste coronavírus entre humanos.

A vigilância foi reforçada nos aeroportos da Austrália, Bangladesh, Nepal, Singapura, Malásia, Vietnã e Índia.

Dos casos conhecidos em todo o mundo, a Tailândia confirmou quatro, enquanto Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Estados Unidos registraram um cada.

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