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Novo vírus deixa 26 mortos na China, e mais de 800 estão infectados

Novo casos de infecção no Japão e na Coreia do Sul foram confirmados; OMS mantém alerta permanente

China: novos casos de infeção do vírus forma confirmados nos países vizinhos (Paul Yeung/Bloomberg)

China: novos casos de infeção do vírus forma confirmados nos países vizinhos (Paul Yeung/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de janeiro de 2020 às 09h55.

Última atualização em 27 de janeiro de 2020 às 12h44.

A China intensificou medidas para conter um vírus que matou 26 pessoas e infectou mais de 800, interrompendo o transporte público em 10 cidades e fechando templos durante o Ano Novo Lunar, assim como a Cidade Proibida e parte da Grande Muralha.

O feriado de uma semana para saudar o Ano do Rato começou na sexta-feira, aumentando o temor de que a taxa de infecção acelere à medida que centenas de milhões de pessoas viajam pelo país e ao exterior.

O Japão anunciou, na madrugada de hoje, o registro de mais uma pessoa infectada pelo vírus. Uma segunda pessoa infectada também foi confirmada na última madrugada na Coreia do Sul.

Embora a maioria dos casos e todas as mortes tenham ocorrido na China, o vírus já foi detectado em Tailândia, Vietnã, Cingapura, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Estados Unidos. É altamente provável que o Reino Unido também tenha casos, disse uma autoridade de saúde.

Na estação ferroviária da cidade de Wuhan, no centro da China, onde o surto começou no mês passado, poucos passageiros encaravam o risco de voltar para casa.

"Que escolha eu tenho? É o Ano Novo Chinês. Temos que ver nossa família", disse um viajante que chegava chamado Hu.

Até quinta-feira, havia 830 casos confirmados e 26 mortes, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde.

Casos do novo coronavírus provavelmente devem continuar a aumentar na China e ainda é muito cedo para avaliar a gravidade do surto, disse Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, nesta sexta-feira.

A maioria dos casos ocorreu em Wuhan, onde se acredita que o vírus tenha se originado em um mercado que comercializava ilegalmente animais silvestres. Pesquisas preliminares sugeriram que o vírus foi passado para seres humanos por cobras.

Wuhan, uma cidade de 11 milhões de habitantes, e a vizinha Huanggang, com cerca de 7 milhões, estavam em isolamento virtual. As estações ferroviárias estavam em grande parte fechadas, com poucos trens, e voos suspensos.

Cerca de 10 pessoas desceram de um trem de alta velocidade que entrou em Wuhan na sexta-feira à tarde, mas ninguém entrou antes que ele retomasse sua jornada.

"Não tenho medo. Confio no governo. Preciso ficar com minha família", disse um passageiro, arrastando duas caixas grandes para fora da estação. Ele se recusou a dar seu nome.

Wuhan estava construindo um hospital com 1.000 leitos para os infectados e pretendia prepará-lo até segunda-feira, informou o Changjiang Daily.

Várias companhias aéreas suspenderam voos para Wuhan, enquanto os aeroportos do mundo inteiro intensificaram a triagem de passageiros da China.

OMS

Casos do novo coronavírus provavelmente devem continuar a aumentar na China e ainda é muito cedo para avaliar a gravidade do surto, disse Tarik Jasarevic, porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta sexta-feira.

"O foco não é tanto no número (de casos), que sabemos que irá aumentar", afirmou Jasarevic em uma coletiva de imprensa em Genebra, acrescentando que autoridades chinesas de saúde registraram oficialmente 830 casos confirmados e 25 mortes.

A OMS admite voltar a reunir uma comissão de peritos para analisar a questão. Três cidades chinesas estão de quarentena. Até agora não há conhecimento de qualquer caso na Europa.

"Ainda é muito cedo para tirar conclusões sobre o quão severo é o vírus", acrescentou.

A OMS e seus especialistas podem analisar os tratamentos e vacinas existentes contra a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) para avaliar possíveis usos relacionados ao novo coronavírus, disse.

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