Fukushima: foram detectadas substâncias radioativas na água acumulada ao redor dos tanques, que têm 60 metros de comprimento e 53 de largura, estão enterrados a seis metros de profundidade e são cobertos por três lâminas impermeáveis. (REUTERS/Kyodo)
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2013 às 09h21.
Tóquio - A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, não descarta a hipótese de 120 toneladas de água radioativa terem vazado dos tanques de depósito subterrâneos da central.
Segundo a empresa, foram detectados até seis mil becquerels de radiação por metro cúbico em água captada entre as lâminas impermeáveis dos tanques e no solo, informou neste sábado a agência 'Kyodo'.
Além disso, também foram detectadas substâncias radioativas na água acumulada ao redor dos tanques, que têm 60 metros de comprimento e 53 de largura, estão enterrados a seis metros de profundidade e são cobertos por três lâminas impermeáveis.
Nesses tanques, a Tepco armazena em torno de 13 mil metros cúbicos de água contaminada, que, após as suspeitas de vazamento, a empresa começou a transferir neste sábado a outros tanques auxiliares, em processo que levará cerca de duas semanas.
Os sete tanques de depósito subterrâneos da usina armazenam a água que é utilizada para resfriar os reatores da central.
Apesar de a Tepco utilizar um processo para reciclar e eliminar o césio radioativo da água, esta conserva outras substâncias poluentes.
Desde o início da crise nuclear, em diversas ocasiões a operadora reportou o vazamento de água contaminada tanto ao mar em frente à central quanto ao exterior, pelo que as autoridades fazem testes periódicos para analisar o seu impacto no ambiente.
Paralelamente, a operadora anunciou nesta sexta-feira a paralisação durante três horas do sistema de refrigeração da piscina de combustível usado do reator 3, mas descartou o vazamento de material radioativo ou o superaquecimento da água da piscina.
O incidente acontece poucas semanas depois que um problema na provisão de energia desativou os sistemas de refrigeração das piscinas de combustível usado das unidades 1, 3 e 4, demonstrando a vulnerabilidade da usina, que o Governo decretou em estado de 'parada fria' em dezembro de 2011.