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Novo primeiro-ministro do Líbano é nomeado

O novo primeiro-ministro contou com o apoio dos principais blocos parlamentares

Saad al-Hariri: Hariri obteve o apoio de 110 deputados dos 127 do Parlamento (Reuters/Reuters)

Saad al-Hariri: Hariri obteve o apoio de 110 deputados dos 127 do Parlamento (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de novembro de 2016 às 09h35.

Beirute - O ex-primeiro-ministro libanês Saad Hariri foi designado nesta quinta-feira de novo para ocupar este cargo, após dois dias de consultas parlamentares do recém eleito presidente, Michel Aoun.

Hariri obteve o apoio de 110 deputados dos 127 do Parlamento, segundo um comunicado da Presidência transmitido pelas televisões libanesas.

O dirigente sunita, líder das antissírias Forças do 14 de Março, se dirigiu ao palácio presidencial de Baabda, onde se espera receba de Aoun a incumbência de formar governo.

O novo primeiro-ministro contou com o apoio dos principais blocos parlamentares, entre eles a Corrente Futuro (de Hariri), Forças Libanesas (Samir Geagea), União democrática (Walid Jumblatt), e Desenvolvimento e Resistência, do presidente do parlamento Nabih Berri, além de deputados independentes.

Só se abstiveram em sua designação o grupo parlamentar do grupo xiita Hezbollah e membros do Partido Sírio Nacional Social.

Hariri optou à chefia de governo após ter dado seu apoio a Aoun, o que desbloqueou a paralisia política no Líbano, que ficou sem um presidente desde o dia 25 de maio de 2014 por causa de desavenças entre os grupos políticos.

Aoun foi eleito chefe de Estado na segunda-feira passada com o apoio de 83 deputados em segunda votação, entre eles os do Hezbollah.

Segundo o sistema político em vigor no Líbano, o presidente deve pertencer à comunidade cristã maronita (católica de Oriente) enquanto a chefia do governo corresponde a um muçulmano sunita e a do parlamento a um xiita.

Nascido em 18 de abril 1970, Hariri é um político e milionário libanês herdeiro de seu pai, Rafik, que também foi primeiro-ministro e que foi assassinado em 2005.

Ocupou a chefia do governo entre 2009 e 2011, quando teve que renunciar devido à retirada dos ministros xiitas de seu gabinete.

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