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Novo primeiro-ministro britânico anuncia fim de plano de expulsar migrantes para Ruanda

O projeto "já estava morto e enterrado antes mesmo de começar", afirmou Keir Starmer

O primeiro-ministro britânico Keir Starmer e líder do Partido Trabalhista, se dirige à nação após sua vitória nas eleições gerais, em frente ao número 10 da Downing Street em Londres, em 5 de julho de 2024, um dia após a Grã-Bretanha realizar uma eleição geral.

O primeiro-ministro britânico Keir Starmer e líder do Partido Trabalhista, se dirige à nação após sua vitória nas eleições gerais, em frente ao número 10 da Downing Street em Londres, em 5 de julho de 2024, um dia após a Grã-Bretanha realizar uma eleição geral.

Agência o Globo
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Publicado em 6 de julho de 2024 às 10h47.

Última atualização em 6 de julho de 2024 às 10h48.

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O novo primeiro-ministro britânico, o trabalhista Keir Starmer, confirmou neste sábado sua intenção de abandonar o plano do anterior governo conservador de expulsar migrantes em situação irregular para Ruanda.

O projeto "já estava morto e enterrado antes mesmo de começar. Nunca foi dissuasivo (...), não estou disposto a continuar com medidas enganosas", afirmou Starmer durante uma entrevista coletiva realizada após o primeiro conselho de ministros do novo governo britânico.

Durante a campanha eleitoral, Starmer já havia anunciado sua intenção de abandonar o projeto do anterior governo conservador britânico de fretar aviões para Ruanda com migrantes irregulares. O líder trabalhista propõe combater as máfias que sustentam essas chegadas.

O anterior primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, tentou implementar essa medida dissuasiva para deter a chegada de migrantes em pequenas embarcações cruzando o Canal da Mancha, que separa as costas da Inglaterra e da França. Mas Sunak e seu antecessor como primeiro-ministro conservador, Boris Johnson, sempre encontraram resistência das organizações de defesa dos direitos humanos.

Imigração no Reino Unido

A imigração tornou-se uma questão política importante no Reino Unido desde que o país deixou a União Europeia (UE) em 2020.

Para Starmer, um elemento-chave na política para deter a chegada de pessoas através do Canal da Mancha seria a criação de um novo comando de segurança de fronteira de elite, composto por especialistas em imigração, com o apoio do serviço de inteligência nacional MI5.

Mais de 13.000 pessoas chegaram à Grã-Bretanha este ano cruzando o Canal da Mancha em pequenas embarcações, um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2023, informou o Ministério do Interior britânico no mês passado.

Em 2023, foram registradas 29.437 chegadas por essa via, representando uma queda de 36% em relação ao recorde de 45.774 pessoas em 2022.

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