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Novo presidente do Peru rejeita propostas da oposição para referendo

Além do veto à reeleição para mandatos seguidos no Congresso, o referendo criminalizaria contribuições não declaradas a campanhas políticas

Estas medidas estão no cerne de uma legislação que Vizcarra levou pessoalmente ao Congresso nesta semana (Mariana Bazo/Reuters)

Estas medidas estão no cerne de uma legislação que Vizcarra levou pessoalmente ao Congresso nesta semana (Mariana Bazo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2018 às 18h37.

Peru - O presidente do Peru, Martín Vizcarra, rejeitou pedidos para incluir medidas propostas por parlamentares da oposição em um referendo nacional anticorrupção que os impediria de servir mandatos consecutivos no Congresso.

Seus comentários, feitos durante uma entrevista à Reuters na quinta-feira, ressaltam o relacionamento cada vez mais exasperado entre o governo de centro de menos de cinco meses e o partido opositor conservador Força Popular, que ajudou a depor o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski devido a alegações de corrupção e de compra de votos.

Além do veto à reeleição para mandatos seguidos no Congresso, o referendo proposto por Vizcarra criminalizaria contribuições não declaradas a campanhas políticas, criaria uma segunda câmara no Congresso e exigiria que 50 por cento dos aspirantes a senadores nas listas partidárias sejam mulheres.

Estas medidas estão no cerne de uma legislação que Vizcarra levou pessoalmente ao Congresso nesta semana, o que pode inverter a prática política da nação andina profundamente empobrecida.

Na entrevista, que deu antes de vestir um traje indígena e se dirigir a uma multidão na abafada cidade amazônica de Pucallpa, Vizcarra disse que os parlamentares opositores erram ao tentar acrescentar suas próprias propostas ao referendo já bastante abrangente.

"Acho que é inadequado", opinou. As medidas da oposição permitiriam a pena de morte em casos de abuso sexual infantil e proibiriam o governo de comprar anúncios na mídia privada.

"O Congresso atual está no poder há dois anos, por que não o fizeram então?", questionou Vizacarra.

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