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Novo presidente chinês quer grande renascença da nação

Agora a segunda maior economia mundial passa a ser comandada, a princípio por 10 anos, por uma nova equipe que administra o Partido Comunista Chinês (PCC) e o Estado

O novo presidente da China, Xi Jinping: "É difícil encontrar o caminho correto, e continuaremos defendendo nossa causa com resolução", afirmou (REUTERS/David Moir)

O novo presidente da China, Xi Jinping: "É difícil encontrar o caminho correto, e continuaremos defendendo nossa causa com resolução", afirmou (REUTERS/David Moir)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2013 às 10h41.

O novo presidente da China, Xi Jinping, defendeu neste domingo a luta por "uma grande renascença da nação chinesa" e para melhorar a capacidade do exército de "vencer combates", em seu primeiro discurso solene como chefe de Estado.

Xi Jinping, de 59 anos, discursou no encerramento da sessão plenária anual do Parlamento, que esta semana concluiu uma transição planejada há vários anos no país de maior população do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes.

Agora a segunda maior economia mundial passa a ser comandada, a princípio por 10 anos, por uma nova equipe que administra o Partido Comunista Chinês (PCC) e o Estado.

"Vamos continuar lutando pela causa do socialismo com características chinesas e para realizar o sonho de uma grande renascença da nação chinesa", disse Xi, eleito em novembro como secretário-geral do PCC, aos delegados da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento).

"Todos os soldados e oficiais do Exército Popular de Libertação (EPL) e da Polícia Militar chineses, guiados pelo Partido, devem ser capazes de ganhar batalhas e de ter o objetivo de um exército forte e disciplinado", destacou Xi.

"O EPL deve melhorar sua capacidade para cumprir suas missões e defender com valor a soberania e a segurança nacionais, assim como os interesses a serviço do desenvolvimento do país", completou o presidente, em um momento de tensão entre Pequim e Tóquio pela soberania de um grupo de ilhas no Mar da China Oriental.

"Para tornar realidade o sonho chinês, é necessário promover a mentalidade chinesa, ou seja, o espírito nacional centrado no patriotismo, na reforma e na inovação".

Durante a sessão parlamentar, de 12 dias, no imponente Palácio do Povo, no centro de Pequim, Xi, como estava previsto, foi eleito para suceder Hu Jintao na presidência da República Popular da China, enquanto o número dois do PCC, Li Keqiang, foi designado primeiro-ministro.

Li, imediatamente depois do discurso de Xi Jinping, deu sua primeira entrevista coletiva, um exercício anual dos chefes de Governo.

Este tecnocrata de 57 anos superou o teste com um sorriso fácil, mas também com uma série de lugares-comuns habituais aos dirigentes do regime comunista.

Durante uma hora e 45 minutos, Li reafirmou essencialmente as linhas de trabalho estabelecidas por seu antecessor, Wen Jiabao.

Ele destacou a necessidade de distribuir de modo mais equitativo os benefícios do crescimento e a luta sem trégua contra a corrupção, um flagelo nacional em todos os níveis do partido único e do governo.

Também mencionou que uma aguardada reforma do criticado sistema de "reeducação pelo trabalho", que permite que uma pessoa seja detida por até quatro anos sem julgamento, está em estudo e e que espera um anúncio para este ano, mas sem divulgar detalhes.

O novo primeiro-ministro prometeu ainda reduzir a gigantesca burocracia do país e limitar os gastos das autoridades.

No campo diplomático, afirmou que Washington faz "acusações infundadas" ao envolver Pequim em ataques cibernéticos contra os Estados Unidos.

"A própria China é uma vítima importante de ataques virtuais. A China não apoia os ataques cibernéticos. De fato, somos contrários a este tipo de atividade", disse.

"Devemos ter cuidado antes de lança infundadas acusações mútuas", destacou Li.

O presidente americano Barack Obama advertiu diretamente na quarta-feira as autoridades chinesas sobre o fenômeno crescente de ataques cibernéticos contra os Estados Unidos, prometendo conversas "enérgicas" com Pequim.

"Afirmamos claramente a China e a alguns outros atores que esperamos que respeitem as normas internacionais e atuem de acordo com as regras internacionais", disse Obama.

O governo dos Estados Unidos denuncia tentativas crescentes de supostos hackers chineses de invadir as redes de suas empresas ou organismos estatais, mas Pequim nega categoricamente qualquer envolvimento nestes casos.

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