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Novo premiê do Japão pressiona BC, promete acordo com China

Shinzo Abe disse que vai instruir os ministros a produzirem uma declaração conjunta com o Banco do Japão instituindo uma meta anual de inflação

Futuro premiê do Japão, Shinzo Abe pressionou o banco central do país a tomar medidas mais agressivas de estímulo (Toru Hanai/Reuters)

Futuro premiê do Japão, Shinzo Abe pressionou o banco central do país a tomar medidas mais agressivas de estímulo (Toru Hanai/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 09h46.

Tóquio - O futuro primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, animado com a incontestável vitória eleitoral de domingo, pressionou nesta segunda-feira o Banco Central a adotar medidas mais agressivas de estímulo monetário em sua próxima reunião.

Abe disse que, depois que formar seu gabinete, no dia 26, vai instruir os ministros a produzirem uma declaração conjunta com o Banco do Japão (banco central) instituindo uma meta anual de inflação de 2 por cento, o dobro da atual.

O ex-premiê conservador, agora recebendo uma segunda chance de governar a nação, prometeu também melhorar as relações com a China, que ele definiu como estratégicas, mas mantendo-se firme a respeito da soberania sobre ilhas controladas pelo Japão, mas reivindicadas pela China.

Abe defendeu um abrandamento "ilimitado" da política monetária pelo banco central japonês, e prometeu elevar os gastos públicos para tirar a terceira maior economia mundial da sua quarta recessão desde 2000, além de combater a persistente deflação.

"Foi raro que a política monetária fosse o foco da atenção em uma eleição, mas houve um forte apoio do público à nossa visão", disse Abe, de terno preto e gravata rosa, em sua primeira entrevista coletiva pós-eleitoral. "Espero que o Banco do Japão leve isso em conta (na sua próxima reunião de política monetária, na semana que vem)." A emissora pública NHK disse que o Partido Liberal Democrático, de Abe, obteve 294 das 480 vagas na câmara baixa do Parlamento. O partido Novo Komeito conseguiu 31 vagas. Coligados, os dois partidos superam a maioria de dois terços necessária para derrubar decisões do Senado, onde nenhum partido tem maioria.

Segundo a imprensa local, o comparecimento às urnas ficou ligeiramente acima de 59 por cento, o menor do pós-Segunda Guerra Mundial.

As políticas de segurança e as tensas relações do Japão com seus vizinhos foram outros temas importantes na campanha de Abe, e o líder conservador reiterou que não há dúvida de que o Japão é o dono das ilhas disputadas com Pequim no mar do Leste da China.

Ele prometeu trabalhar "persistentemente" para melhorar as relações com a China por intermédio do diálogo, defendendo uma abordagem estratégica.

"Precisamos aprofundar os laços com o resto da Ásia, incluindo Índia e Austrália, e não só diplomaticamente, mas nos campos da segurança e energia, antes de começarmos a trabalhar na melhora das relações com a China", disse Abe.

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