O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk (e), e o presidente, Petro Poroshenko (Serguei Supinsky/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2014 às 12h28.
Kiev - O novo Parlamento ucraniano, amplamente dominado pelos pró-ocidentais pela primeira vez na história, iniciou nesta quinta-feira uma legislatura em um país que enfrenta um conflito armado no leste separatista e uma profunda crise econômica.
Os deputados eleitos nas legislativas de 26 de outubro, incluindo muitos combatentes e militantes da sociedade civil, cantaram de pé o hino nacional com um coral folclórico.
Depois respeitaram um minuto de silêncio em homenagem à "centúria celeste", os 100 manifestantes que morreram em fevereiro na praça Maidan, epicentro dos protestos pró-Europa que provocaram a queda do regime pró-Rússia, e os soldados e civis ucranianos que morreram no conflito com os separatistas no leste (4.300 desde abril).
Segundo a Constituição. o deputado mais velho, Iukhim Zviaguilski, deve abrir a primeira sessão, mas a imprensa acusa o antigo aliado do ex-presidente Viktor Yanukovich de apoiar os separatistas.
A cerimônia foi alterada para evitar polêmicas e o presidente da legislatura anterior, Olexander Turchynov, abriu a sessão.
Os deputados prestaram juramento juntos. O texto lido, de autoria da deputada Nadia Savtchenko, piloto das Forças Armadas detida em julho na Rússia, foi projetado em um telão.
Moscou acusa Savtchenko, que combateu os separatistas pró-Rússia, de matar dois jornalistas da televisão pública russa no leste da Ucrânia em junho.