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Novo lockdown na Inglaterra pode durar até março, diz ministro

Diante da alarmante propagação da nova variante do coronavírus, Boris Johnson estabeleceu medidas mais estritas em toda Inglaterra

Com mais de 75.000 mortes, o Reino Unido é um dos dos países da Europa mais afetados pela covid-19 (JUSTIN TALLIS/AFP)

Com mais de 75.000 mortes, o Reino Unido é um dos dos países da Europa mais afetados pela covid-19 (JUSTIN TALLIS/AFP)

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AFP

Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 07h22.

Última atualização em 5 de janeiro de 2021 às 10h52.

O novo confinamento imposto na Inglaterra diante do aumento de contágios pela nova variante do coronavírus deve permanecer em vigor até março, quando começará uma flexibilização progressiva, advertiu nesta terça-feira o ministro responsável pela coordenação do governo, Michael Gove.

Legalmente, o confinamento deve entrar em vigor a partir de quarta-feira às 0H01 locais, mas o primeiro-ministro Boris Johnson fez um apelo para que a população cumpra as medidas imediatamente.

"No início de março devemos ser capazes de retirar algumas destas restrições, mas não necessariamente todas", afirmou Michael Gove.

"Faremos todo o possível para vacinar o máximo de pessoas e para que consigamos começar a retirar progressivamente as restrições", completou, antes de anunciar que as próximas semanas serão "muito, muito difíceis", afirmou Gove ao canal Sky News.

Diante da alarmante propagação da nova variante do vírus, entre 50% e 70% mais contagiosa de acordo com cientistas britânicos, e do risco de colapso do sistema de saúde, Boris Johnson estabeleceu medidas mais estritas e ampliou para toda Inglaterra o confinamento que já estava em vigor para 75% da população. As escolas, que até agora estavam abertas, permanecerão fechadas.

A população só pode sair de casa para fazer compras ou procurar atendimento médico.

Até meados de fevereiro, as autoridades esperam ter vacinado todas as pessoas com mais de 70 anos e os profissionais de saúde (13 milhões de pessoas), graças a uma aceleração da campanha iniciada em 8 de dezembro com as vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca/Oxford.

Com mais de 75.000 mortes, o Reino Unido é um dos dos países da Europa mais afetados pela covid-19 e a tendência se agravou nas últimas semanas, superando 50.000 casos por dia. Na segunda-feira, o país registrou quase 59.000 infecções.

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