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Novo Governo na Síria é constituído

O governo de Bashar al-Assad também anunciou a libertação de todos os manifestantes presos pelos protestos por mudanças

Bashar al-Assad, ditador da Síria, mudou todo o governo (AFP)

Bashar al-Assad, ditador da Síria, mudou todo o governo (AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2011 às 14h22.

Cairo - Um novo Governo sírio, liderado pelo primeiro-ministro Adel Safar, foi formado nesta quinta-feira, após os protestos das últimas semanas em diferentes pontos do país, anunciou a imprensa estatal da Síria.

A televisão estatal síria informou que o presidente do país, Bashar al-Assad, ditou um decreto para a constituição de um novo Executivo.

O novo ministro do Interior é Ibrahim al-Shaar e o departamento de Economia e Comércio ficará com Mohammed al Jililati e o de Informação por Adnan Mahmoud.

Apesar da mudança em vários ministérios se mantêm no cargo o titular de Relações Exteriores, Walid al Muallem, e o de Defesa, general Ali Habib.

Pouco depois do anúncio do novo Gabinete, a televisão síria assinalou em nota urgente que Assad havia ordenado a libertação de todos os detidos durante os últimos fatos no país, "exceto os que perpetraram ações criminosas contra a pátria e a cidadania", sem dar mais detalhes.

Até agora não se sabe o número exato de pessoas detidas durante as últimas semanas na Síria. A organização Observatório Sírio para os Direitos Humanos denunciou nesta quinta-feira que centenas foram torturadas nos centros de detenção.

Os protestos contra o regime de Assad começaram em meados do mês passado e forçaram a renúncia em 29 de março do Executivo de Mohammed Naji al-Otari.

Cinco dias depois, em 3 de abril, Assad encarregou Safar de formar um novo Governo, que ocupava o ministério de Agricultura no anterior Gabinete.

O Governo de Safar será encarregado de introduzir as reformas prometidas por Assad, entre elas o levantamento da Lei de Emergência, em vigor desde 1963, uma das principais demandas da oposição.

As mudanças governamentais e as promessas de reforma foram interpretadas como uma tentativa do regime para contentar a revolta - que segundo diferentes ONGs - matou 170 mortos.

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