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Novo dia de repressão na Síria deixa ao menos 43 mortos

Do total de mortos pelo regime de Bashar al-Assad, dez são crianças

Desde que começaram os protestos contra o regime de Assad, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão do governo, segundo a ONU (Ricardo Garcia Vilanova/AFP)

Desde que começaram os protestos contra o regime de Assad, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão do governo, segundo a ONU (Ricardo Garcia Vilanova/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 16h45.

Cairo - Pelo menos 43 pessoas morreram nesta quinta-feira na Síria, entre elas dez crianças, em ataques das forças leais ao regime de Bashar al-Assad, predominantes na cidade de Homs, informou à Agência Efe uma ativista da oposição.

Membro dos Comitês de Coordenação Local (CCL), que pediu anonimato, a fonte indicou que 11 adultos e dez crianças morreram no bairro de Karm al-Zaitun de Homs, onde as forças de segurança bombardearam e incendiaram várias casas, forçando a fuga de vários residentes.

As crianças, de duas famílias, morreram devido ao incêndio de suas casas, incidente que deixou inúmeros feridos, após um ataque que teve a participação do Exército e provocou a destruição de várias casas.

Outro dos bairros de Homs mais afetados pelas ações repressoras das forças leais ao regime sírio foi o de Rifai, onde morreram pelo menos quatro civis.

A ofensiva contra Homs, um dos principais redutos da oposição ao regime, deixou um total de 30 mortos, entre os quais figuram vários soldados desertores.

As demais mortes foram registradas nas províncias de Rif Damasco (4), Idlib (3), Hama (3), Deraa (2) e Damasco (1).

Os CCL informaram que, no povoado de Kanaker, em Rif Damasco, eclodiram violentos choques após a deserção de um grande número de soldados da brigada 121.

As forças de segurança e os 'shabiha' (milicianos do regime) lançaram uma ampla campanha de prisões e irromperam em várias casas na localidade de Asal, na mesma província.

Este novo dia de violência coincide com grandes manifestações em várias cidades da Síria para apoiar o regime e rejeitar o plano proposto pela Liga Árabe, que estipula a renúncia do presidente sírio.

A Liga Árabe anunciou nesta quinta-feira que uma delegação liderada por seu secretário-geral, Nabil el-Araby, viajará a Nova York no próximo sábado para se reunir com os membros do Conselho de Segurança da ONU e conseguir seu apoio ao citado plano.

Desde que começaram os protestos contra o regime de Assad, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão do governo, segundo a ONU, mas os opositores elevam o número a mais de 6 mil. 

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