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Novo debate republicano deve ter Donald Trump como alvo

Os 11 aspirantes republicanos com melhores resultados nas pesquisas participam no debate na noite desta quarta-feira, na Biblioteca Ronald Reagan


	O bilionário Donald Trump: os 11 aspirantes republicanos com melhores resultados nas pesquisas participam no debate na noite desta quarta-feira, na Biblioteca Ronald Reagan de Simi Valley, Califórnia
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

O bilionário Donald Trump: os 11 aspirantes republicanos com melhores resultados nas pesquisas participam no debate na noite desta quarta-feira, na Biblioteca Ronald Reagan de Simi Valley, Califórnia (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2015 às 14h20.

O magnata Donald Trump, o pré-candidato republicano em melhor posição nas pesquisas, voltará a encarar um debate com os rivais partidários nesta quarta-feira, cinco meses antes do início das primárias das eleições de 2016 nos Estados Unidos.

Os 11 aspirantes republicanos com melhores resultados nas pesquisas participam no debate na noite desta quarta-feira, na Biblioteca Ronald Reagan de Simi Valley, Califórnia.

Os quatro pré-candidatos com os piores números nas pesquisas participarão em um debate duas horas antes.

Os dois debates serão transmitidos pelo canal CNN.

Em agosto, o canal Fox bateu recorde de audiência com o primeiro debate republicano, com 24 milhões de telespectadores, em parte devido ao efeito Trump e a expectativa que ele provoca entre os eleitores.

Desta vez, a CNN pretende estimular as discussões entre os candidatos, ao contrário da Fox, que optou por controlar o debate com perguntas duras aos participantes.

"Nosso objetivo é que este seja um debate quase inteiramente interativo entre os candidatos", disse Dana Bash, da CNN.

O fator Trump acirrou os ânimos entre os republicanos, já que ele não economiza críticas ao rivais.

O magnata não hesitou em criticar a forma física de Carly Fiorina, ex-presidente da Hewlett-Packard, ou ironizar os rivais, além de zombar de seus resultados ruins nas pesquisas.

"Farei com que todos no país saibam que ele é um falso conservador", disse na terça-feira o senador e pré-candidato Rand Paul.

Trump já se declarou democrata no passado, fundamentalmente em uma entrevista de 2004 que tem sido explorada pelos rivais, quando afirmou que "a economia anda melhor com os democratas do que com os republicanos".

Mas os olhares desta vez também estarão voltados para o pré-candidato Ben Carson, outro novato no cenário político e que ocupa o segundo lugar nas pesquisas, em algumas delas muito próximo de Trump.

Os dois não poderiam ser mais diferentes.

Carson, um neurocirurgião negro - interpretado por Cuba Gooding no filme "Gifted Hands: The Ben Carson Story" -, nunca altera o tom de voz e sempre lembra sua fé.

Ele iniciou uma disputa com Trump depois de questionar as convicções religiosas do empresário, que respondeu que Carson não era mais que um médico regular, quando na verdade o pré-candidato é um dos neurocirurgiões mais renomados do mundo, fundamentalmente por suas operações de separação de siameses.

Preocupado em evitar uma escalada, no entanto, Ben Carson pediu desculpas em uma entrevista ao Wall Street Journal.

Além de Trump e Carson, o debate terá ainda as presenças do ex-governador da Flórida Jeb Bush, do senador pelo Texas Ted Cruz, o governador de Wisconsin Scott Walker, o senador da Flórida Marco Rubio, a ex-presidente da Hewlett-Packard Carly Fiorina, o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee, o governador de Ohio John Kasich, o senador de Kentucky Rand Paul e o governador de Nova Jersey Chris Christie.

Os quatro participantes do debate secundário são o ex-governador da Pensilvânia Rick Santorum, o governador da Louisiana Bobby Jindal, o ex-governador de Nova York George Pataki e o senador da Carolina do Sul Lindsey Graham.

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