Faixa de Gaza: Policiais palestinos no local de um bombardeio da Força Aérea de Israel (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 17h08.
Gaza - Pelo menos seis palestinos morreram nesta terça-feira em um bombardeio noturno da aviação de Israel contra um edifício na cidade palestina de Beit Hanoun, no norte de Gaza, informaram à Agência Efe fontes médicas.
Com estas novas mortes já são 23 as pessoas falecidas e 123 as feridas em ataques aéreos israelenses contra Gaza desde que nesta terça-feira o exército lançou a operação militar "Margem Protetora" contra os grupos islamitas na Faixa.
Este último ataque aconteceu apenas duas horas depois que milicianos palestinos lançaram uma nova série de 30 foguetes contra o centro e sul de Israel, dos quais dois caíram em Jerusalém, sem causar vítimas.
Testemunhas informaram à Efe que o projétil, que despertou as sirenes na Cidade Santa pela primeira vez desde que Israel empreendeu sua terceira ofensiva contra o Hamas, impactou na área de Mateh Yehuda, uma área montanhosa ao oeste da cidade.
A imprensa israelense informou, além disso, que um segundo foguete caiu em um descampado próximo de Pisgat Ze'ev, um bairro colonial judeu em Jerusalém Oriental.
Em comunicado posterior, o movimento islamita admitiu que tinha lançado quatro foguetes classe M75 contra Jerusalém, informação que não foi confirmada nem desmentida por outras fontes.
Os alarmes antiaéreos também foram escutados durante esta tarde em Tel Aviv, em cuja área metropolitana o escudo antimísseis "Cúpula de Ferro" interceptou pelo menos um projétil, e em localidades divisórias como Rishom Leziyon, a mais de 75 quilômetros de Gaza.
Pouco depois, as brigadas "Azedim al-Qassam", braço armado do movimento islamita Hamas, asseguraram ter lançado foguetes contra a cidade de Haifa, na costa norte de Israel, a mais de 150 quilômetros do norte de Gaza.
Em comunicado, o grupo disse ter utilizado foguetes classe R160 de fabricação caseira e ter lançado igualmente projéteis contra cidades do centro de Israel.
Nesta mesma tarde, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já confirmou que "ordenou um aumento significativo das operações contra Hamas" em Gaza e que a operação militar "levará tempo".
As brigadas "Azedim al-Qassam" responderam, por sua parte, que continuarão com suas operações até alcançar seus objetivos e que estão preparadas para ampliar e intensificar suas operações, que hoje incluíram uma tentativa de infiltração em território de Israel através do mar.
No conflito deflagrado morreram cinco milicianos e um soldado israelense ficou levemente ferido.