Mundo

Novas tensões entre Berlim e Ancara por documentos vazados

O ministério das Relações Exteriores turco exigiu nesta quarta-feira em um comunicado "explicações às autoridades alemãs"


	Turquia: "Estamos firmemente convencidos de que a Turquia (...) é o sócio mais importante na luta contra o chamado Estado Islâmico"
 (Osman Orsal / Reuters)

Turquia: "Estamos firmemente convencidos de que a Turquia (...) é o sócio mais importante na luta contra o chamado Estado Islâmico" (Osman Orsal / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 14h38.

O vazamento de um documento oficial alemão que cita vínculos entre o poder turco e grupos islamitas provocou novas tensões entre Berlim e Ancara, levando a Turquia a exigir explicações nesta quarta-feira, enquanto a Alemanha admitiu um erro.

O canal público alemão ARD divulgou na terça-feira trechos de uma resposta "confidencial" a uma pergunta de parlamentares.

Nela, o ministério do Interior classificava a Turquia de "plataforma para grupos islamitas no Próximo e Oriente Médio" devido ao seu apoio à "Irmandade Muçulmana no Egito, ao Hamas e aos grupos islamitas na Síria", sem citar nomes.

O ministério das Relações Exteriores turco exigiu nesta quarta-feira em um comunicado "explicações às autoridades alemãs".

O porta-voz do ministério do Interior alemão, Johannes Dimroth, disse nesta quarta-feira que a resposta foi redigida "por erro", sem a participação do ministério das Relações Exteriores.

"Estamos firmemente convencidos de que a Turquia (...) é o sócio mais importante na luta contra o chamado Estado Islâmico", acrescentou.

A porta-voz da diplomacia alemã, Sawsan Chebli, disse que seu ministério "não está de acordo" com o conteúdo citado pelo ARD.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, recebeu em junho Khaled Mechaal, o chefe do Hamas, uma organização terrorista, segundo União Europeia (UE) e os Estados Unidos.

Também expressou em diversas ocasiões seu apoio à Irmandade Muçulmana do ex-presidente egípcio Mohamed Mursi, deposto pelo exército dirigido pelo general Abdel Fatah al Sissi em 2013.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaÁsiaEuropaPaíses ricosPolíticosTayyip ErdoganTurquia

Mais de Mundo

Israel afirma que não busca 'escalada ampla' após ataque a Beirute

Domo de Ferro, Arrow, C-Dome e Patriot: Conheça os sistemas de defesa aérea utilizados por Israel

Smartphones podem explodir em série como os pagers no Líbano?

ONU diz que risco de desintegração do Estado de Direito na Venezuela é muito alto