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Novas sanções dos EUA também afetariam outros países, diz Rússia

O país considerou que a continuidade da retórica de sanções é "contraproducente" e afetaria países com os quais a Rússia mantém relações comerciais

Dmitri Peskov: o país advertiu que as sanções poderiam prejudicar grandes projetos conjuntos da Rússia e da União Europeia (Sergei Karpukhin/Reuters)

Dmitri Peskov: o país advertiu que as sanções poderiam prejudicar grandes projetos conjuntos da Rússia e da União Europeia (Sergei Karpukhin/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de julho de 2017 às 09h57.

Moscou - O governo da Rússia condenou nesta segunda-feira o projeto de novas sanções dos Estados Unidos contra seu país que, se for aprovado, afetará tanto as relações bilaterais como os interesses de outros países.

"Consideramos que a continuidade da retórica de sanções é contraproducente, prejudica os interesses de nossos países e, potencialmente, os interesses de outros países com os quais a Rússia mantém relações comerciais", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O porta-voz advertiu que as sanções contempladas no projeto de lei americano poderiam prejudicar grandes projetos conjuntos da Rússia e da União Europeia (UE).

"Trabalhamos em uma série de grandes projetos com nossos sócios europeus", disse Peskov, que manifestou a preocupação de que "a realização destes processos poderia ser dificultada" por novas sanções.

Ao falar sobre a postura da Casa Branca a respeito da política de sanções contra a Rússia, Peskov indicou que Moscou "vai esperar pacientemente até que esta seja formulada de maneira inequívoca".

O porta-voz acrescentou que "é contraproducente" falar de possíveis medidas de resposta de Moscou "sem ter certeza de quais serão as decisões" tomadas pelos EUA.

A Câmara de Representantes americana votará amanhã um projeto de lei que amplia o pacote de sanções contra a Rússia por sua interferência nas eleições presidenciais de 2016, sua atividade militar no leste da Ucrânia e a anexação da península ucraniana da Crimeia em 2014.

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