Segundo analistas, o dano ecológico e econômico pode se tornar um problema político para Obama meses antes das eleições parlamentares (AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Washington- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado que a perfuração para buscar mais petróleo no mar só pode ir adiante com garantias de que desastres como o do vazamento no Golfo do México não voltem a se repetir.
Obama anunciou oficialmente a formação de uma comissão para investigar o acidente. Na sua mensagem, Obama manteve a pressão sobre as empresas envolvidas no vazamento, BP, Halliburton e Transocean. Durante o anúncio das nomeações, ele fez pela primeira vez referência à possibilidade de um inquérito criminal por conta do desastre.
No último dia 3, o procurador-geral Eric Holder afirmara que o Departamento de Justiça fazia parte da investigação sobre o vazamento, apesar de uma autoridade ter dito na época de que não se tratava de um inquérito criminal.
Obama deu à comissão seis meses para relatar as suas descobertas e as suas recomendações para o futuro da exploração offshore.
"O objetivo dessa comissão é avaliar as causas do desastre e oferecer opções sobre que segurança ambiental precisamos para prevenir desastres similares," afirmou o presidente no seu programa de rádio e mensagem na Internet semanais.
Obama intensificou o tom crítico na semana passada, à medida que o petróleo continuava a se espalhar e não havia sinal de que o vazamento pudesse ser contido.
Segundo analistas, o dano ecológico e econômico pode se tornar um problema político para Obama meses antes das eleições parlamentares de novembro, quando os democratas já sofrem riscos de perdas por conta do alto índice de desemprego.
O vazamento levanta questões sobre a antiga proposta de Obama de expandir a exploração offshore como parte de uma estratégia para ganhar o apoio republicano para leis sobre a mudança climática.