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Nova York pede US$ 370 milhões de Donald Trump por fraude financeira

O ex-presidente, seus filhos e seu império familiar, são acusados pela Justiça de inflar o valor dos bens para obter empréstimos mais favoráveis

Donald Trump: ex-presidente dos EUA é acusado de inflar artificialmente valor de bens (Scott Olson/AFP)

Donald Trump: ex-presidente dos EUA é acusado de inflar artificialmente valor de bens (Scott Olson/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 5 de janeiro de 2024 às 19h55.

Última atualização em 5 de janeiro de 2024 às 20h00.

O estado de Nova York pediu US$ 370 milhões (R$ 1,8 bilhão) do ex-presidente Donald Trump no processo judicial no qual ele é acusado de inflar artificialmente o valor de suas propriedades, de acordo com documentos do processo divulgados nesta sexta-feira, 5.

A quantia exigida é muito maior do que os US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) que a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, havia anunciado que buscaria quando iniciou o processo em 2022.

Em uma reação imediata por meio de sua rede social Truth Social, o bilionário republicano em campanha para as eleições presidenciais de novembro atacou novamente James, uma procuradora afro-americana a quem acusa de "corrupta" e de conduzir uma "caça às bruxas".

"Eu não fiz nada de errado. Minhas declarações financeiras são boas e muito conservadoras", afirmou Trump mais uma vez nesta sexta-feira.

Trump na mira da Justiça nova-iorquina

O ex-presidente, seus filhos Donald Jr. e Eric, e seu império familiar, a Trump Organization, são acusados pela Justiça de Nova York de inflar colossalmente, durante a década de 2010, o valor de seus arranha-céus, hotéis de luxo e campos de golfe para obter empréstimos mais favoráveis dos bancos.

Donald Trump depôs no julgamento em 6 de novembro, quando enfrentou os promotores por 4 horas e, em alguns momentos, foi repreendido por suas respostas acaloradas pelo juiz Arthur Engoron.

O magistrado determinou que o gabinete de James já havia apresentado "provas conclusivas" de que Trump havia supervalorizado seu patrimônio líquido em documentos financeiros entre US$ 812 milhões (R$ 3,97 bilhões) e US$ 2,2 (R$ 10,75 bilhões) de 2014 a 2021.

Portanto, o juiz ordenou a liquidação das empresas que gerenciavam os ativos em questão, como a Trump Tower e o arranha-céu 40 Wall Street em Manhattan, uma decisão que está em processo de apelação.

Ao contrário de algumas das batalhas legais de Trump — incluindo o caso criminal no qual ele é acusado de conspirar para anular as eleições de 2020 — a ação movida pela democrata James não acarreta risco de pena de prisão.

O valor a ser pago será determinado pelo juiz no momento da sentença, para a qual ainda não há uma data confirmada.

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