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Nova erupção é detectada no vulcão de Tonga

A capital de Tonga sofreu danos importantes pelo tsunami causado pela erupção, que gerou alerta do Japão ao Chile

A erupção foi ouvida no Alasca, a cerca de 8 mil km de distância (Tonga Geological Services/Reuters)

A erupção foi ouvida no Alasca, a cerca de 8 mil km de distância (Tonga Geological Services/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de janeiro de 2022 às 09h39.

Outra grande erupção foi detectada no vulcão submarino de Tonga, informou uma estação de monitoramento baseada em Darwin nesta segunda-feira, hora local, (domingo, 16, no horário de Brasília) dois dias depois que uma primeira erupção desencadeou ondas de tsunami ao redor do Pacífico.

A última erupção foi detectada às 22h10 GMT (19h10 em Brasília) de domingo, de acordo com um alerta do Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas de Darwin.

O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico também afirmou ter detectado grandes ondas na área: "Isso pode ser de outra explosão do vulcão de Tonga. Não há terremotos conhecidos de tamanho significativo para gerar essa onda."

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O vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, no sudoeste do Pacífico, entrou em erupção explosiva na noite de sábado, produzindo um tsunami, enviando cinzas a 30 mil metros de altura e gerando uma onda de choque atmosférico que se espalhou pelo mundo.

A erupção foi ouvida no Alasca, a cerca de 8 mil km de distância enquanto uma área do tamanho da Nova Inglaterra, cerca de 180 mil Km², foi coberta pela nuvem de fumaça cinzenta.

O vulcão fica a cerca de 65 km ao norte da principal ilha de Tonga, Tongatapu, perto da Linha Internacional da Data. Tonga, lar de 105 mil pessoas, está a nordeste da Nova Zelândia e sudeste de Fiji.

"Temos uma situação de pesadelo de uma comunidade isolada experimentando os efeitos de uma grande nuvem de cinzas vulcânicas produzindo raios vulcânicos significativos, bem como um tsunami", escreveu Janine Krippner, vulcanologista do Smithsonian Global Volcanism Program, em uma mensagem direta no Twitter.

A capital de Tonga sofreu danos importantes pelo tsunami causado pela erupção, que gerou alerta do Japão ao Chile, embora o risco de maiores estragos tenha passado.

Com imagens por satélite, pôde-se observar o momento em que a última erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai lançou um cogumelo de fumaça e cinzas para o ar e uma onda expansiva pelo mar ao redor. A erupção foi sentida em vários países.

No Peru, duas mulheres morreram afogadas em uma praia da região de Lambayeque, ao norte, devido a uma "ondulação anômala" decorrente da erupção, informou o Centro de Operações de Emergência Nacional (COEN).

No sábado à noite, o governo peruano havia anunciado o fechamento preventivo de 22 portos na costa norte e no centro do país, voltada para o Oceano Pacífico, também devido à "ondulação anômala" derivada da erupção.

No Alasca, ouviu-se um estrondo potente, enquanto na Escócia, nas antípodas do vulcão, a estação meteorológica de Fife registrou um salto na pressão do ar, devido a esse fenômeno.

O vulcão provocou uma onda de 1,2 metro na capital das ilhas de Tonga, Nuku'alofa, cujos habitantes buscaram abrigo em áreas elevadas, deixando para trás casas inundadas e com danos estruturais.

"O tsunami teve um impacto significativo na faixa costeira da norte de Nuku'alofa, com barcos e grandes rochas levados para a praia", relatou a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, acrescentando que até então não tinha notícias de vítimas. "Nuku'alofa está coberta de uma grossa camada de cinzas vulcânicas, que provocou poluição", por isso, Tonga precisa de água, disse. 

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