Cinzas expelidas pelo vulcão Bardarbunga, na Islândia (Marco Nescher/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2014 às 12h11.
Berlim - As autoridades islandesas elevaram neste domingo a vermelho o nível de alerta para a aviação sobre o vulcão Bardarbunga, após detectar uma nova erupção ao norte da geleira Vatnajökull, sob a qual se encontra a caldeira.
Segundo o Escritório Meteorológica da Islândia (IMO, por sua sigla em inglês), a erupção foi registrada em uma fissura na zona de Holuhraun.
A última parte divulgada pelo IMO após a reunião do comitê de especialistas que vigia a zona precisa que a erupção começou pouco depois das 1h (em Brasília), na mesma fissura na qual já foi registrada uma erupção na sexta-feira passada.
Trata-se de uma fissura de cerca de 1,5 quilômetros de comprimento e, embora após a erupção tenham sido registrados menos terremotos do que a vez anterior, agora está expulsando mais lava.
De fato, o rio de lava alcançava um quilômetro de largura, três de comprimento e uma grossura de vários metros e se dirigia ao nordeste, com um fluxo ao redor de mil metros cúbicos por segundo, enquanto as emanações de gás se elevam uns poucos centenas de metros acima da fissura.
De acordo com os especialistas, as más condições meteorológicas estão dificultando a observação da zona e por enquanto impedem de sobrevoar a região.
Dos 500 tremores detectados, o de maior magnitude, de 3,8 graus na escala Richter, aconteceu na caldeira do Bardarbunga.
Na sexta-feira foi detectada outra erupção na zona, que também levou a elevar a vermelho o nível de alerta para a aviação, embora poucas horas depois as autoridades o rebaixaram para laranja ao não haver expulsão de cinzas.
O Bardarbunga é um dos vulcões de maior tamanho da Islândia e não entrava em erupção há mais de um século.
A erupção de outro vulcão islandês, o Eyjafjallajökull, paralisou o tráfego aéreo europeu durante várias semanas em 2010, por conta da extensão de uma nuvem de cinza por todo o continente.
O problema se reproduziu em menor escala um ano depois com a erupção do Grimsvotn, o vulcão mais ativo da Islândia, embora neste caso só houve restrições parciais por alguns dias neste país nórdico, no Reino Unido, na Alemanha e na Escandinávia.