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Nova Délhi prolonga confinamento após novo recorde de casos de covid-19

O país, que enfrenta uma terrível onda da pandemia, relatou neste domingo cerca de 350.000 novos casos de coronavírus em 24 horas, um recorde mundial

Pacientes com Covid-19 se acumulam nas portas de hospitais na Índia, onde por algumas semanas o coronavírus se espalhou a uma taxa vertiginosa. (Maude BRULARD y Archana THIYAGARAJAN/AFP)

Pacientes com Covid-19 se acumulam nas portas de hospitais na Índia, onde por algumas semanas o coronavírus se espalhou a uma taxa vertiginosa. (Maude BRULARD y Archana THIYAGARAJAN/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2021 às 14h56.

A Índia relatou neste domingo, 25, cerca de 350.000 novos casos de coronavírus em 24 horas, um recorde mundial, após o qual as autoridades decidiram estender o confinamento na capital Nova Délhi por uma semana. Este é o 4° dia consecutivo de recorde de novos casos de covid-19 no país.

"Decidimos estender o bloqueio por uma semana ... A devastação do coronavírus continua e não há trégua. Todos concordam em estender o bloqueio", disse o chefe de governo da capital, Arvind Kejriwal, em um comunicado.

O país, com 1,3 bilhão de habitantes, enfrenta uma terrível onda do vírus com 349.691 novos casos e 2.767 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, o que constitui um recorde nacional desde o início da pandemia. Ao todo, a indica contabiliza 16,9 milhões de infecções pelo novo coronavírus e 192.311 mortes.

A capital, com 20 milhões de habitantes, é a cidade mais atingida pela epidemia. Seu confinamento de uma semana começou na última segunda-feira, 19, para tentar aliviar a pressão sobre os hospitais, que enfrentam uma grave falta de oxigênio.

A crise voltou a evidenciar a deterioração do sistema de saúde indígena, enquanto aumenta a indignação entre os que acusam o governo federal de despreparo para esta onda epidêmica.

Nos últimos sete dias, a Índia registrou mais de 2 milhões de novos casos, um aumento de 58% em relação à semana anterior, de acordo com dados compilados pela AFP.

Barreira

Pessoas que estiveram na Índia nos últimos 14 dias não poderão entrar na Itália, informou neste domingo, 25, o ministro da Saúde, Roberto Speranza, que garantiu que "não dá para baixar a guarda" diante da nova variante do coronavírus do gigante asiático, o país mais atingido pela pandemia hoje.

"Assinei uma nova portaria que proíbe a entrada na Itália de quem esteve na Índia nos últimos 14 dias", revela Speranza no Facebook, explicando que "os residentes na Itália poderão retornar com um teste na saída e chegada e com a obrigação de manter a quarentena."

Também quem já está no país e esteve na Índia nas últimas duas semanas terá que fazer um teste para o vírus. "Nossos cientistas estão trabalhando para estudar a nova variante indiana. Não podemos baixar a guarda", diz o ministro, que lembra que na última sexta sexta-feira, 23, "foi o dia quase absoluto do recorde mundial com 893 mil positivos, 346 mil deles na Índia".

A Índia cruzou uma nova barreira neste domingo com mais de 190.000 mortes após registrar um recorde diário de 2.767 mortes nas últimas 24 horas, em meio a uma onda agressiva de infecções que registra os piores dados do mundo.

Neste sábado, a Itália registrou 13.817 novas infecções e 322 mortes, poucas horas depois de o país iniciar o caminho de reabertura e a partir desta segunda-feira as regiões "amarelas" ou de baixo risco epidemiológico aumentam para 14, nas quais houver vão afrouxar as restrições. (Com agências internacionais)

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