A Constituição anterior, revisada em 9 de abril de 2010, não incluía o termo "Estado dotado de arma nuclear" (©AFP / Pedro Ugarte)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2012 às 13h45.
Seul - A nova Constituição da Coreia do Norte afirma pela primeira vez o status de potência nuclear, segundo um texto oficial, o que complica ainda mais os esforços da comunidade internacional para convencer Pyongyang a abandonar o programa de armas atômicas.
O texto da nova Constituição, revisado na sessão parlamentar de 13 de abril, acaba de ser disponibilizado no site norte-coreano Naenara (Minha nação).
"O presidente da Comissão de Defesa Nacional, Kim Jong-Il, fez de nosso país um Estado invencível em termos de ideologia política, um Estado dotado da arma nuclear e uma potência militar indomável, abrindo assim o caminho para construção de uma nação forte e próspera", afirma o texto.
A Constituição anterior, revisada em 9 de abril de 2010, não incluía o termo "Estado dotado de arma nuclear".
A Comissão de Defesa Nacional, um dos principais órgãos do regime norte-coreano, foi presidida por Kim Jong-Il até sua morte em dezembro de 2011. O país agora é comandado por seu filho Kim Jong-Un.
"O texto é uma notícia ruim para os participantes nas negociações dos Seis países", afirmou Kim Keun-Sik, professor da Universidade Kyungnam de Changwon.
As negociações multilaterais reúnem as duas Coreias, Rússia, Estados Unidos, Japão e China. O objetivo é convencer Pyongyang a abandona o programa nuclear em troca de ajuda.