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Nova Assembleia Popular no Egito realiza primeira sessão

O Partido da Liberdade e da Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, ocupa 235 das 498 vagas da nova câmara baixa egípcia

O futuro Parlamento terá que designar uma comissão encarregada de redigir uma nova Constituição, que deve ser aprovada antes da eleição presidencial prevista para junho (Asmaa Waguih/AFP)

O futuro Parlamento terá que designar uma comissão encarregada de redigir uma nova Constituição, que deve ser aprovada antes da eleição presidencial prevista para junho (Asmaa Waguih/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 11h28.

Cairo - A Assembleia Popular do Egito, câmara baixa do Parlamento, na qual os islamitas ocupam 75% das cadeiras, realiza nesta segunda-feira no Cairo sua primeira sessão, dois dias antes do primeiro aniversário da revolta popular que derrubou Hosni Mubarak.

Os 508 deputados prestaram juramento à Presidência do decano Mahmud al-Saqqa.

Fora da sede do Parlamento, manifestantes exigiram a consolidação dos direitos democráticos que surgiram com a rebelião anti-Mubarak.

O Partido da Liberdade e da Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, ocupa 235 das 498 vagas da nova câmara baixa egípcia.

O PLJ elegeu 127 deputados na eleição proporcional e 108 nas circunscrições uninominais, segundo os resultados oficiais que confirmaram os resultados previstos e divulgados anteriormente.

O partido fundamentalista salafista Al-Nur ficou na segunda posição com 121 cadeiras, o que representa 24% dos deputados.

O partido liberal Wafd, na terceira colocação, conquistou 9% das vagas.

A Assembleia Popular será completada com a designação de 10 deputados por parte do Conselho Militar, que dirige o Egito e é presidido pelo marechal Hussein Tantawi.

Há uma semana, o PLJ comunicou ter designado seu secretário-geral, Saad al-Katatni, para presidir a Assembleia do Povo, logo depois de chegar a um acordo com os outros partidos para que o cargo seja atribuído à primeira formação parlamentarista.

No dia 29 de janeiro começará a eleição para o Senado.

O futuro Parlamento terá que designar uma comissão encarregada de redigir uma nova Constituição, que deve ser aprovada antes da eleição presidencial prevista para junho, última etapa do processo político posterior a renuncia de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.

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