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Nos EUA, republicanos devem recuar de reforma do Obamacare

Congressistas estariam preocupados em não conseguir reunir apoio suficiente antes das eleições legislativas e para governadores deste ano

Congresso dos EUA: republicanos devem adotar uma agenda reduzida e focada em questões básicas (Architect of the Capitol/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Congresso dos EUA: republicanos devem adotar uma agenda reduzida e focada em questões básicas (Architect of the Capitol/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 11h38.

Os congressistas republicanos devem recuar das suas intenções de revisar programas sociais e desmantelar o Affordable Care Act (ACA), conhecido como Obamacare, devido a preocupações de que eles não consigam reunir apoio suficiente antes das eleições legislativas e para governadores deste ano.

Em vez disso, eles devem adotar uma agenda reduzida e focada em questões básicas, que incluem o financiamento do governo, a elevação do teto da dívida e um acordo sobre imigração.

No ano passado, o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, citou planos ambiciosos para atacar os programas assistenciais que ele diz desencorajar os beneficiários a trabalhar.

No entanto, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, afirmou nos últimos dias que ele não tem interesse em gerar uma revisão partidária numa Casa onde os republicanos possuem uma maioria estreita de 51 a 49.

Depois de se encontrar com os líderes republicanos em Camp David o presidente Donald Trump pareceu mais alinhado com McConnell, dizendo que os republicanos iriam analisar se mudanças discretas nos programas de assistência social poderiam trazer apoio a democratas.

O partido republicano assumiu o controle de Washington há um ano com a esperança de revogar o Obamacare, reformar o sistema tributário, renovar os programas sociais, entre outras mudanças.

Sob o risco de perder uma ou ambas as Casas em novembro, os republicanos querem evitar controvérsias a respeito de políticas que têm pouca chance de serem aprovadas no Senado, onde a maior parte dos projetos precisa de 60 votos.

Os senadores estão especialmente cientes dos planos de reformar programas sociais, os quais permanecem altamente populares, segundo pesquisas.

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