Mundo

Nos EUA, anúncios tentam influenciar debate sobre dívida

Grupos de interesses estão se movimentando para influenciar membros indecisos do Congresso.

A S&P manifestou sua confiança em um acordo que livre os EUA do default (Stan Honda/AFP)

A S&P manifestou sua confiança em um acordo que livre os EUA do default (Stan Honda/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 20h39.

Washington  - Enquanto parlamentares norte-americanos tentam negociar um acordo para aumentar o teto da dívida dos Estados Unidos antes do prazo final na próxima terça-feira, grupos de interesses estão se movimentando para influenciar membros indecisos do Congresso.

Da instituição pró-negócios Club For Growth a sindicatos trabalhistas, entidades de todo o país estão gastando milhões de dólares para tentar defender seus interesses em meio a um frágil debate no Congresso sobre como lidar com o déficit orçamentário e aumentar o limite da dívida do governo.

A expectativa é de que qualquer legislação seja aprovada com uma margem bem estreita, e qualquer voto é tido como de extrema importância.

A aproximação do prazo dá aos anúncios um caráter mais imediatista e potencialmente aumenta a influência desse tipo de publicidade, disseram especialistas em comunicação.

"Esta é uma situação única porque o tempo está passando", disse Michael Cornfield, professor da George Washington University.

"O único paralelo que posso pensar são as últimas 72 horas de uma eleição, e geralmente o resultado não é tão apertado", completou.

O limite de endividamento do governo norte-americano, de 14,3 trilhões de dólares, tem de ser aumentado até terça-feira, ou os EUA não poderão honrar todas as suas dívidas, algo sem precedentes na história do país.

O projeto republicano para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos em até 900 bilhões de dólares foi aprovado na Câmara dos Deputados norte-americana nesta sexta-feira por 218 votos contra 210, e irá agora para o Senado.

Acompanhe tudo sobre:Endividamento de paísesEstados Unidos (EUA)Oposição políticaPaíses ricosPolítica

Mais de Mundo

Reabertura da Notre-Dame: Macron celebra o resultado da restauração

Projeto de lei sobre suicídio assistido avança no Parlamento do Reino Unido

ONU adverte que o perigo da fome “é real” na Faixa de Gaza

Agência da ONU pede investigação de abusos após cessar-fogo no Líbano