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Nos EUA, 77% defendem vacinação contra sarampo mesmo se pais discordarem

Os Estados Unidos enfrentam o maior surto de sarampo dos últimos 25 anos

Sarampo: 764 casos da doença foram confirmados neste ano nos EUA (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Sarampo: 764 casos da doença foram confirmados neste ano nos EUA (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 7 de maio de 2019 às 14h18.

Nova York — Três de cada quatro norte-americanos acreditam que as crianças deveriam ser vacinadas contra o sarampo mesmo se seus pais discordarem, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos, apontando a pouca solidariedade com o movimento antivacinação que autoridades dos Estados Unidos culpam pelo surto atual.

Cerca de 764 casos da doença foram confirmados até agora neste ano nos EUA, a maior taxa em 25 anos, um surto que autoridades de saúde pública classificaram como "completamente evitável" e ligado em grande parte a campanhas de desinformação contra as vacinas.

Uma parcela minoritária, mas enfática, de pais se recusa a vacinar os filhos, citando receios de que as injeções não tenham comprovação científica --mas a pesquisa Reuters/Ipsos revelou que a grande maioria dos adultos do país acata o consenso científico de que a doença altamente contagiosa e às vezes fatal é perigosa, enquanto as vacinas são seguras.

Oitenta e cinco por cento dos 2.008 adultos entrevistados entre 30 de abril e 2 de maio disseram que deveria ser obrigatório vacinar todas as crianças, a menos que exista uma razão médica contrária, como uma alergia ou um sistema imunológico comprometido. E 77 por cento opinaram que as crianças deveriam ser vacinadas mesmo se seus pais discordarem da vacinação.

Para se obter uma imunização que proteja aqueles incapazes de tomar a vacina contra sarampo, como crianças de colo e pessoas com o sistema imunológico comprometido, entre 90 por cento e 95 por cento da população precisa ser vacinada.

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