Oslo: Noruega quer continuar extraindo petróleo, apesar do seu apoio ao acordo climático de Paris de 2015, que visa acabar com a era dos combustíveis fósseis (Knut Falch/AFP/AFP)
Reuters
Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 16h16.
Oslo - Um tribunal de Oslo aprovou nesta quinta-feira os planos da Noruega para mais exploração de petróleo no Ártico, descartando um processo aberto por ambientalistas que disseram que o projeto violava o direito das pessoas à sustentabilidade ambiental.
A acusação, apresentada pelo Greenpeace e pelo Nature and Youth Group, argumentou que uma rodada de licenciamento de petróleo em 2015 no Ártico que rendeu concessões à Statoil, Chevron e outros foi inconstitucional.
"O argumento das organizações ambientais de que o plano viola o artigo 112 da Constituição não teve sucesso", declarou o tribunal.
O tribunal ordenou que os grupos ambientais pagassem os custos legais do Estado de 580 mil coroas norueguesas (71.687 dólares). Não ficou claro de imediato se eles apelarão contra a decisão.
A Noruega é o maior produtor e exportador de petróleo e gás da Europa Ocidental e planeja continuar bombeando por décadas, apesar do seu apoio ao acordo climático de Paris de 2015, que visa acabar com a era dos combustíveis fósseis neste século.
Embora a produção da Noruega do Ártico permaneça pequena, acredita-se que a região possua o maior potencial para novas descobertas que poderiam gradualmente substituir a produção dos campos maduros do Mar do Norte e do Mar da Noruega.
Os advogados do governo haviam argumentado que o caso era um golpe de publicidade que custaria empregos se fosse bem-sucedido.