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Noruega nega espionagem dos EUA e diz que compartilhou

Os serviços de inteligência da Noruega monitoraram mais de 33 milhões de ligações telefônicas na Noruega pelo período de um mês


	Espionagem: "esta não foi uma coleta de dados da Noruega contra a Noruega, mas uma coleta de dados norueguesa que é compartilhada com os americanos", disse general
 (Getty Images)

Espionagem: "esta não foi uma coleta de dados da Noruega contra a Noruega, mas uma coleta de dados norueguesa que é compartilhada com os americanos", disse general (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 10h59.

OSLO - Os serviços de inteligência da Noruega --e não a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), como informado por um jornal norueguês-- monitoraram mais de 33 milhões de ligações telefônicas na Noruega pelo período de um mês entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, informou o governo de Oslo nesta terça-feira.

O jornal Dagbladet disse que a NSA espionou a Noruega, aliada dos EUA na Otan, coletando dados de ligações telefônicas no país.

"Esta é uma coleta de dados da inteligência norueguesa para apoiar as operações militares norueguesas em áreas de conflito no exterior, ou ligada à luta contra o terrorismo, também no exterior", disse o general Kjell Grandhagen, chefe do Serviço de Inteligência Norueguês, em entrevista coletiva.

"Esta não foi uma coleta de dados da Noruega contra a Noruega, mas uma coleta de dados norueguesa que é compartilhada com os americanos." A reportagem do Dagbladet tem como base os vazamentos de documentos feitos pelo ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden. O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, autor de outras denúncias com base nos vazamentos de Snowden --incluindo as acusações de espionagem dos EUA contra o Brasil-- é coautor da reportagem do jornal norueguês.

As revelações de Snowden sobre a escala da vigilância internacional da NSA, incluindo a líderes como a presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã, Angela Merkel, além de cidadãos comuns, estremeceram as relações dos EUA com alguns aliados.

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