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Noiva de George Clooney vai julgar crimes de Gaza

A advogada Amal Alamuddin foi escolhida- junto com outros dois advogados - para integrar a comissão que julgará os crimes de guerra no conflito entre Israel e Hamas


	Palestina caminha com criança por prédios destruídos ao norte da Faixa de Gaza
 (Finbarr OReilly/Reuters)

Palestina caminha com criança por prédios destruídos ao norte da Faixa de Gaza (Finbarr OReilly/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 19h59.

São Paulo - A advogada britânico-libanesa Amal Alamuddin - que ficou conhecida entre o grande público por ser noiva de George Clooney - foi escolhida para integrar a comissão de inquérito da ONU sobre violações de direitos humanos no conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.

Ao lado de Alamuddin estarão os advogados Doudou Diene, do Senegal, e William Schabas, do Canada.

Segundo a nota divulgada pela ONU, a Comissão tem como objetivo estabelecer os fatos e circunstâncias de violações e crimes cometidos e identificar os responsáveis. Além disso, cabe a comissão também garantir que os resposáveis sejam punidos e que os civis não sofram agressões.

A comissão terá que apresentar um relatório sobre o conflito na reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU em março de 2015.

O anúncio foi feito após o cessar-fogo de 72 horas acordado entre Israel e Hamas neste final de semana. Segundo a ONU, ao menos 1.948 palestinos e 67 israelenses morreram no conflito. Além disso, cerca de 425 mil pessoas tiveram que sair de suas casas.

A comissão

Amal Alamuddin é advogada especializada em direito internacional e em direitos humanos. Ela já trabalhou na Corte Internacional de Justiça (CIJ) e como consultora jurídica do Procurador do Tribunal Especial para o Líbano.

Doudou Diène foi o Relator Especial da ONU sobre formas contemporâneas de racismo, xenofobia e intolerância de 2002 a 2008. Ele também atuou como perito independente sobre a situação dos direitos humanos na Costa do Marfim entre 2011 e 2014.

Wlliam Schabas é professor de direito penal internacional e de direitos humanos. Trabalhou na Comissão de Verdade e Reconciliação de Serra Leoa até 2004. Schabas também foi membro do Fundo Voluntário das Nações Unidas para a Cooperação Técnica em Direitos Humanos.

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