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Nobel da Paz Narges Mohammadi é hospitalizada após semanas sem tratamento médico

Mohammadi, de 52 anos, que cumpre pena na prisão de Evin, em Teerã, desde 2021, foi condenada na semana passada a mais seis meses de prisão

Narges Mohammadi (AFP/AFP)

Narges Mohammadi (AFP/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 27 de outubro de 2024 às 12h07.

A prisioneira Narges Mohammadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, foi hospitalizada após nove semanas sem tratamento médico, o que causou “graves danos à sua saúde”, informou neste domingo sua família.

“Narges Mohammadi finalmente está hospitalizada graças ao apoio de ativistas dos direitos civis e humanos, da coligação 'Free Narges' e da pressão da comunidade internacional e dos meios de comunicação”, afirmou sua família em um comunicado.

No entanto, denunciou que estas nove semanas de “negligência e privação, juntamente com os longos anos de prisão e confinamento solitário, causaram graves danos à saúde” da ativista, que necessita de tratamento médico prolongado.

A família de Mohammadi, além do seu pleno acesso a cuidados médicos, exigiu sua “libertação incondicional”.

Mohammadi, de 52 anos, que cumpre pena na prisão de Evin, em Teerã, desde 2021, foi condenada na semana passada a mais seis meses de prisão por protestar em agosto contra a execução do prisioneiro Reza Rasai por seu suposto envolvimento no assassinato de um policial durante a revolta desencadeada pela morte de Mahsa Amini em setembro de 2022.

Durante o protesto na prisão contra a execução de Rasai, Mohammadi foi atingida no peito e desmaiou, informou a sua família na ocasião.

Com esta última sentença, a ativista dos direitos humanos tem uma pena total de 13 anos e nove meses de prisão e 154 chicotadas, entre outras sanções.

No entanto, apesar das condenações e da prisão, a ativista continuou a denunciar as violações dos direitos humanos no Irã, incluindo a aplicação da pena de morte ou a violência contra mulheres que não usam o véu islâmico.

Mohammadi recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 2023 “devido à sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e pela promoção dos direitos humanos e da liberdade para todos”. 

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