Mundo

Nobel da Paz é incentivo a acordo com as Farc, diz Santos

"Este prêmio foi como um presente dos céus e é um enorme incentivo para conseguirmos este novo compromisso", disse o presidente da Colômbia

Colômbia: Santos, 65 anos, é o primeiro colombiano e o sexto latino-americano a conseguir essa distinção (Getty Images/Getty Images)

Colômbia: Santos, 65 anos, é o primeiro colombiano e o sexto latino-americano a conseguir essa distinção (Getty Images/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 12h34.

O presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou nesta sexta-feira, em Oslo, onde se encontra para receber o Prêmio Nobel da Paz, que a distinção concedida a ele é um grande incentivo para obter o novo acordo com a guerrilha das Farc.

"Este prêmio foi como um presente dos céus e é um enorme incentivo para conseguirmos este novo compromisso", depois que o primeiro foi recusado em um referendo.

Juan Manuel Santos recebe neste sábado o Nobel da Paz por seus esforços de pacificação de seu país, mergulhado em um conflito armado de mais de 50 anos e que causou 260.000 mortos.

O líder colombiano estará acompanhado por uma delegação de 30 pessoas, entre familiares, funcionários do governo e representantes das vítimas do conflito.

A delegação terá a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e a representante da Câmara, Clara Rojas, ambas sequestradas em 2002 pela guerrilha das Farc e libertadas em 2008.

"Receberei o Prêmio Nobel de Paz em nome dos colombianos, mas especialmente em nome das vítimas do conflito", declarou Santos.

Santos, 65 anos, é o primeiro colombiano e o sexto latino-americano a conseguir essa distinção, que é concedida desde 1901. Ele receberá na capital norueguesa uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 8 milhões de coroas suecas (950.000 dólares).

O presidente colombiano já anunciou que doará esta quantia para ajudar às vítimas do conflito armado, que durante meio século envolveu guerrilhas, paramilitares e soldadores regulares, deixando milhares de desaparecidos e mais de seis milhões de deslocados.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaFarcPrêmio Nobel

Mais de Mundo

Imigrantes buscam orientação à medida que posse de Trump se aproxima: 'Todos estão com medo'

'Ninguém vai ganhar uma guerra comercial', diz China após Trump prometer tarifaço

Ucrânia afirma que a Rússia efetuou um ataque noturno 'recorde' com 188 drones

Orsi visita seu mentor Mujica após ser eleito presidente do Uruguai