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No Twitter, Donald Trump ataca aliados do EUA

Com frequência, números que Trump cita em seus tuítes acabam se confirmando como incorretos

Donald Trump: presidente atacou no Twitter, nesta segunda-feira (11), os aliados tradicionais dos Estados Unidos (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: presidente atacou no Twitter, nesta segunda-feira (11), os aliados tradicionais dos Estados Unidos (Kevin Lamarque/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de junho de 2018 às 09h04.

O presidente Donald Trump atacou no Twitter, nesta segunda-feira (11), os aliados tradicionais dos Estados Unidos, por divergências comerciais e em gastos militares, após uma tensa cúpula do G7 no Canadá, neste fim de semana.

"Comércio Justo deve se chamar agora Comércio Bobo, se não for recíproco", tuitou, criticando as tarifas canadenses às importações de leite dos Estados Unidos.

E - completou Trump -, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, depois "reage como magoado quando se destaca isso".

No sábado, quando já estava a bordo do avião que o levou para Singapura, Trump retirou seu apoio à declaração final da cúpula do G7 em La Malbaie, no Canadá, apesar do compromisso que havia sido alcançado após árduas discussões sobre temas comerciais. Além disso, chamou Trudeau de "desonesto".

O ataque continuou nesta segunda-feira no Twitter: "Por que eu, como presidente dos Estados Unidos, deveria permitir aos países que continuem tendo enormes excedentes comerciais, como tiveram por décadas, enquanto nossos agricultores, trabalhadores e contribuintes têm um preço tão alto e injusto a pagar? Não é justo com o povo dos Estados Unidos!".

Além do déficit de Washington, é "um fato que os Estados Unidos pagam quase todos os custos da Otan - protegendo muitos dos mesmos países que nos atacam no comércio (eles pagam apenas uma fração do custo - e riem!)", completou Trump.

A União Europeia "deveria pagar muito mais pela defesa", insistiu.

Segundo Trump, a Alemanha "paga 1% (lentamente) de seu PIB à Otan, enquanto nós pagamos 4% de um PIB muito maior. Alguém acredita que isso faz sentido? Protegemos a Europa (o que está bem) de uma grande perda financeira e depois nos castigam injustamente no comércio. A mudança vem!".

Com frequência, os números que Trump cita em seus tuítes acabam se confirmando como incorretos.

"Desculpem, não podemos deixar nossos amigos, ou inimigos, continuarem a se aproveitar de nós no comércio. Devemos pôr o trabalhador americano em primeiro lugar", completou o presidente.

Depois dessa sequência de tuítes, Trump,escreveu: "Genial estar em Singapura, se sente a emoção no ar".

Ele está em Singapura para a histórica cúpula com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

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