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No Equador, conselho divulga recontagem dos votos da eleição

O candidato Guillermo Lasso denuncia a ocorrência de fraude nas eleições e talvez possa contestar a vitória de Lenín Moreno, conforme o resultado

Eleição no Equador: Houve protestos contra fraude e pedidos de recontagem dos votos (Henry Romero/Reuters)

Eleição no Equador: Houve protestos contra fraude e pedidos de recontagem dos votos (Henry Romero/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de abril de 2017 às 17h11.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador divulga nesta segunda-feira (10) o resultado detalhado do segundo turno no país, o que poderá abrir caminho para que Guillermo Lasso - que denuncia a ocorrência de "fraude" nessas eleições - possa contestar a vitória de Lenín Moreno.

"Finalizamos a recontagem de votos e as audiências públicas em todo o país, e amanhã notificaremos os resultados finais" ao partido que está no poder, Alianza País, e ao de oposição, Creando Oportunidades (Creo), escreveu o presidente do CNE, Juan Pablo Pozo, neste domingo, em sua conta no Twitter.

Com 100% das urnas apuradas, Moreno obteve 51,15% dos votos no segundo turno, contra os 48,85% de Lasso.

"Com a notificação sobre os resultados totais, @35PAIS e @CREOEcuador podem contestar, impugnar e apelar, de forma fundamentada os resultados das eleições do dia 2 de abril", acrescentou Pozo.

Após a notificação sobre os resultados finais, os partidos poderão apresentar objeções ao plenário nacional do CNE. O órgão tem até três dias para se pronunciar sobre a demanda.

Caso as dúvidas persistam, os partidos podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. A instituição terá de apresentar uma sentença em até cinco dias, a partir da data em que tiver recebido o documento.

Lasso, que pede a abertura de urnas em nível nacional para a recontagem de votos, advertiu que contestará os resultados por considerar que houve "fraude".

O presidente Rafael Correa se apoiou nos resultados do sistema informático do CNE para demonstrar que a vitória de Moreno foi limpa.

Esses resultados provocaram manifestações que se mantêm em algumas cidades do país, entre elas Quito e Guayaquil, nas quais simpatizantes de Lasso exigem a recontagem dos votos.

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