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NLD propõe homem de confiança de Suu Kyi como presidente

O novo chefe de Estado será escolhido entre três candidatos, dois deles propostos por cada uma das câmaras do parlamento


	Htin Kyaw: Suu Kyi, mãe de britânicos, não pôde se candidatar devido a norma que veta para o cargo candidatos com familiares estrangeiros
 (Soe Zeya Tun / Reuters)

Htin Kyaw: Suu Kyi, mãe de britânicos, não pôde se candidatar devido a norma que veta para o cargo candidatos com familiares estrangeiros (Soe Zeya Tun / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 08h18.

Bangcoc - Htin Kyaw, homem de confiança da líder do movimento democrático de Mianmar, Aung San Suu Kyi, desponta como novo presidente do país após ser indicado nesta quinta-feira como o candidato do partido da ganhadora do prêmio Nobel da Paz em 1991.

O novo chefe de Estado será escolhido entre três candidatos, dois deles propostos por cada uma das câmaras do parlamento, onde a Liga Nacional para a Democracia (NLD) de Suu Kyi tem maioria absoluta, e um terceiro pelo exército.

Suu Kyi, viúva e mãe de britânicos, não pôde se candidatar à presidência do país devido a uma norma da Constituição aprovada pela última junta militar que veta para o cargo candidatos com familiares estrangeiros.

A indicação de Htin Kyaw deverá ser ratificada na câmara baixa, onde foi proposto, antes que sua candidatura seja votada pelo Legislativo, em uma sessão plenária que ainda não tem uma data estipulada, segundo o jornal "Myanmar Times".

A NLD também propôs Henry Van Hti Yu, da minoria Chin, como candidato pela câmara alta.

Os dois candidatos não devem ter problemas para ser indicados pelas respectivas câmaras contra os candidatos propostos pelo partido pró-militar do governo em fim de mandato, que foi derrotado pela NLD nas eleições do novembro.

Os candidatos do governista Partido para a Solidariedade e o Desenvolvimento da União (USDP) são o atual vice-presidente, Sai Mauk Kham (câmara baixa) e Khin Aung Myint, ex-presidente da câmara alta.

O novo presidente será eleito em uma votação de todo o Legislativo que, segundo a imprensa local, poderia acontecer no início da próxima semana e na qual os dois perdedores serão nomeados vice-presidentes do novo governo.

O novo presidente, assim como seu Executivo que será formado em seguida, deverá substituir o atual chefe de Estado no próximo dia 30.

Mianmar foi governada por generais de 1962 até 2011, quando a última junta militar se dissolveu após transferir o poder para um governo civil que começou um processo de reformas políticas, econômicas e sociais.

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