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Nissan se une à Tesla na venda de créditos ecológicos

A prolífica fabricante de carros elétricos conseguiu vender um número suficiente de unidades do Leaf e começou a vender o excedente de créditos na Califórnia


	Nissan Leaf 2013: Nissan vendeu 75.000 Leafs mundialmente desde o final de 2010
 (Divulgação)

Nissan Leaf 2013: Nissan vendeu 75.000 Leafs mundialmente desde o final de 2010 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 07h17.

Los Angeles - A Nissan Motor Co., a mais prolífica fabricante de carros elétricos, começou a vender créditos de carros ecológicos conforme as regras de ar limpo da Califórnia. A única montadora que havia divulgado anteriormente fazer é a Tesla Motors Inc.

A Califórnia exige que as grandes montadoras vendam veículos elétricos ou outros sem emissão de carbono na proporção de sua participação no mercado estadual de carros e caminhões. A Nissan conseguiu vender um número suficiente de unidades do seu modelo elétrico, o Leaf, e começou a vender o excedente de créditos, segundo informou o vice-presidente Andy Palmer em Irvine, Califórnia nesta semana.

A demanda de modelos híbridos e carros a bateria elétrica nos EUA foi incentivada pelo requerimento desse tipo de veículo na Califórnia para reduzir as emissões de dióxido de carbono, um gás de efeito estufa, e de outros gases do escapamento, e pelas regulamentações federais, que visam dobrar a eficiência no uso de combustível até 2025. A meta do estado é que haja 1,5 milhão de veículos de emissão zero nas ruas até 2025.

Até agora, a principal vendedora foi a Tesla, que é muito pequena para acumular os chamados créditos ZEV sob as regras de poluição da Califórnia. Sua primeira renda líquida foi possível em parte graças a tais transações com rivais não divulgados do mercado de massas. No primeiro semestre, a companhia com sede em Palo Alto, Califórnia, obteve US$ 119 milhões, ou 12 por cento, da sua receita com as vendas de créditos ZEV.

Contando com créditos

“No que TSE refere ao volume de venda de carros totalmente elétricos, neste ponto é uma corrida entre dois cavalos”,o Model S da Tesla e o Leaf da Nissan, disse Ed Kim, analista na empresa de pesquisas Auto Pacific Inc. “Como na Tesla, não se trata de uma receita com a qual eles possam contar por muito tempo, mas enquanto ela existir eles podem aproveitá-la”.

O Model S da Tesla, com preços de US$ 70.000 a mais de US$ 100.000, gera até sete créditos ZEV, o máximo emitido pela Califórnia, pois sua autonomia é de até 483 quilômetros por carga e ele pode ser “reabastecido” rapidamente trocando sua bateria por uma carregada.


O presidente Elon Musk afirmou que a companhia abrirá as primeiras instalações desse tipo no final do ano. Musk também disse que suas vendas de créditos ZEV cairão no terceiro e quarto trimestre.

Os reguladores não fixam preços para os créditos ZEV. As vendas são negociadas diretamente entre as empresas, disse Dave Clegern, porta-voz do Comitê de Recursos Aéreos da Califórnia, com sede em Sacramento.

Vendas de Leaf

A Nissan vendeu 75.000 Leafs mundialmente desde o final de 2010. A Califórnia é um de seus maiores mercados, disse Palmer. O modelo, com preço de aproximadamente US$ 30.000, faz até 160 quilômetros por carga. O CEO Carlos Ghosn afirmou que os carros elétricos representarão até 10 por cento do mercado global em 2020.

Nos primeiros sete meses de 2013, a Nissan vendeu 11.703 Leafs nos EUA, mais do triplo de um ano atrás e estima que venderá 20.000 ou mais no ano completo, afirmou em uma entrevista José Muñoz, diretor de vendas da montadora para o continente americano. Isso mais do que dobraria as 9.819 unidades vendidas em 2012.

“No primeiro semestre deste ano, vendemos tanto quanto em todo o ano 2012”, disse Muñoz em Irvine. “Daqui a alguns meses, gostaria de sentar com vocês e confirmar que não vendemos 20.000, mas muitos mais”, acrescentou, sem dar detalhes.

A produção do carro, anteriormente importado do Japão e agora fabricado para os EUA na fábrica da Nissan em Smyrna, Tennessee, deverá crescer, afirmou Muñoz.

“Honestamente, fomos limitados pelas nossas restrições de produção”, explicou o diretor. “Recentemente, decidimos aumentar a produção neste ano para poder aumentar as nossas vendas”.

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