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'Ninguém sabe o que vou fazer', diz Trump sobre possibilidade de atacar Irã

Pressionado por conselheiros militares e por diferentes alas do Partido Republicano, presidente avalia a possibilidade de autorizar ataques contra instalações nucleares iranianas

Trump deu à República Islâmica 60 dias para negociar um acordo nuclear (Brendan Smialowski/AFP)

Trump deu à República Islâmica 60 dias para negociar um acordo nuclear (Brendan Smialowski/AFP)

Publicado em 18 de junho de 2025 às 11h50.

Última atualização em 18 de junho de 2025 às 11h51.

O presidente dos EUA, Donald Trump, deixou em aberto nesta quarta-feira a possibilidade de um ataque militar contra o Irã e afirmou que "ninguém sabe" qual será sua decisão final.

"Posso fazer. Posso não fazer. Quer dizer, ninguém sabe o que vou fazer", respondeu o presidente quando questionado por repórteres na Casa Branca sobre uma possível intervenção.

"Posso dizer o seguinte: o Irã tem muitos problemas e quer negociar. Por que não negociaram comigo há duas semanas? Poderiam ter se saído bem. Teriam tido um país. É muito triste ver isso", acrescentou.

Trump deixou abruptamente a cúpula do G7 no Canadá na segunda-feira para retornar à Casa Branca e se reunir com seu Conselho de Segurança Nacional para avaliar se os Estados Unidos se juntariam aos ataques que Israel vem realizando contra o Irã desde sexta-feira.

O presidente explicou que deu à República Islâmica 60 dias para negociar um acordo nuclear e que, no 61º dia, Israel começou a bombardear instalações de enriquecimento de urânio no Irã.

Trump também abordou a mensagem que publicou nas redes sociais na terça-feira, referindo-se a Teerã, na qual escreveu "rendição incondicional". Ele disse que a frase significava que o Irã estava chegando ao ponto de dizer: "Não aguento mais, eu me rendo".

"Por 40 anos, eles disseram 'Morte à América', 'Morte a Israel', 'Morte a qualquer um de quem não gostassem'. Eles foram valentões, valentões de recreio. Eles não são mais valentões, mas veremos o que acontece", disse ele.

*Com EFE e O Globo. 

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