Mundo

Nigéria precisará de US$ 1 bilhão em 2017 ante crise humanitária

Segundo a ONU, durante 2016 "a dimensão do sofrimento humano tornou-se mais evidente"

Nigéria: no próximo ano, 5,1 milhões de pessoas vão sofrer com a escassez de alimentos (Wikimedia Commons)

Nigéria: no próximo ano, 5,1 milhões de pessoas vão sofrer com a escassez de alimentos (Wikimedia Commons)

A

AFP

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 14h54.

A Nigéria precisará arrecadar mais de 1 bilhão de dólares em 2017 para ajudar a população do nordeste do país, epicentro da violência do grupo extremista islâmico Boko Haram, onde "acontece a maior crise no continente africano", declarou nesta sexta-feira a ONU.

"O plano de ação humanitária de 2017 para a Nigéria tem o objetivo de arrecadar mais de um bilhão de dólares para satisfazer as necessidades das populações nos três estados mais atingidos pela crise, Borno, Adamawa e Yobe", indica o comunicado da ONU.

"Esta é a maior crise no continente africano e estou convencido de que, com o apoio da comunidade internacional e do setor privado, poderemos começar a trazer esperança ao povo do nordeste", afirmou Peter Lundberg, coordenador da ação humanitária para as Nações Unidas na Nigéria, citado no texto.

Durante 2016, "a dimensão do sofrimento humano tornou-se mais evidente e a comunidade humanitária aumentou a sua ação a medida que as forças armadas nigerianas expulsaram o Boko Haram de diversas áreas do nordeste", segundo a ONU.

No próximo ano, 5,1 milhões de pessoas vão sofrer com a escassez de alimentos, uma vez que o conflito e as minas explosivas plantadas pelos insurgentes impediram, pelo terceiro ano consecutivo, os agricultores de cultivar suas terras, de acordo com projeções das Nações Unidas.

Este plano deve responder às necessidades urgentes de alimentos, água, saneamento, moradia, saúde, educação e proteção de cerca de sete milhões de pessoas consideradas extremamente vulneráveis.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCrises em empresasFomeNigériaONU

Mais de Mundo

Governo da Venezuela diz que María Corina Machado 'fugiu para a Espanha', mas opositora nega

Apoiadores de Evo Morales querem radicalizar protestos contra possível prisão do ex-presidente

Biden anuncia pacote de ajuda militar de US$ 425 milhões à Ucrânia

Seca decorrente de mudanças climáticas faz tráfego cair 29% no Canal do Panamá